terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Agradecimento II

Agradeço ao Senador José Nery pelo cartão de natal a mim enviado, e faço de suas palavras minha mensagem de ano novo.
¨Que o sorriso das crianças nos impulsione a viver um ano novo cheio de esperança, recomeço e luta pela igualdade. Saúde, paz e harmonia ! Tenham todos um feliz 2.010.

Agradecimento I

Agradeço a todos que neste ano acompanharam meu blog, pois foram 86 acessos de fevereiro ate a data de hoje, a meta eram 100, mas cheguei perto.
Espero que em 2010 os acessos continuem, pois será um ano de muito assunto, pois teremos copa de mundo e eleições federais e estaduais. Então até 2.010.

Evo Morales reeleito

Por Pablo Stefanoni – diretor do Le Monde Diplomatique, edição boliviana
A esmagadora reeleição de Evo Morales – com mais de 63% dos votos – reconfigura por completo o campo político boliviano. Pela primeira vez desde os tempos da Revolução Nacional de 1952, um partido consegue uma hegemonia tão ampla, controla ambas as Câmaras Legislativas e, com isso, tem a possibilidade de incidir na conformação do Poder Judicial. A chamada “Meia Lua” se desarticulou como opção de resistência regionalizada ao projeto nacional encarnado por Evo Morales, a oposição político-parlamentar constitui um espaço fragmentado e sem lideranças coesionadoras, incapaz de ler a realidade nacional e a influência política do Movimento ao Socialismo (MAS) se estende até as regiões orientais autonomistas.
A combinação entre o evismo (como horizonte identitário) e os pactos coorporativos/territoriais que – como disse Evo Morales – permitiram que nenhum setor ficasse sem candidatura (pelo MAS), conforma uma força política invencível, pelo menos enquanto subsistam estas duas dimensões mencionadas. Frente a isso, os analistas opositores lançam mão das velhas teorias anti-populistas, que explicam o sucedido por um mistura de demagogia caudilhista, manipulação de massas e uso arbitrário do Estado na campanha eleitoral, colocando em dúvida, inclusive, a legitimidade do triunfo com esse inocultável caráter de preconceito de classe, que aos “anti-populistas” custa tanto ocultar.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal solidário.

Aproveito para terminar as postagens antes do natal, para parabenizar o diretor Marcelo Miranda, que pelo 11º ano consecutivo esteve doando mais de 1.000 brinquedos as crianças dos bairros Santa Rita, Vila Europa, Vila Angelica e Jardim Gonzaga. Que Deus ilumine seu caminho e te de muita saúde para que nos próximos anos você possa continuar a levar alegria a milhares de crianças de nossa cidade.

É natal !!!

Aproveito a oportunidade para deixar um voto de boas festas a todos que acompanharam meu blog durante todo o ano. Vamos aproveitar o momento para refletir de como estamos nós comportanto e o que estamos fazendo para tentar diminuir cada vez mais a misseria e a diferença social entre as pessoas, e o que vamos fazer para colocar nossas ações em pratica para o futuro.
Bom Natal a todos (as).

Posse na Apeoesp de Itapetininga

Amanhã as 16:00 Horas na subsede da Apeoesp em Itapetininga estarei tomando posse como conselheiro estadual.
Aproveito para agradecer os 248 votos que obtive dos amigos professores (as) de Tatuí e toda a região e que me permitira este novo desafio em minha vida, pois nunca na historia das eleições da apeoesp um professor de Tatuí obteve esta quantia de votos. Obrigado a todos (as).

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

APEOESP - Sindicato imperialista e ditador.

É com muita tristeza que venho escrever sobre a Apeoesp, gostaria aqui de só escrever coisas boas sobre o maior sindicato da america látina, mas infelizmente tenho o compromisso com os colegas que acompanham meu blog de informar a verdade.
A presidenta e seus capangas da articulação, querem por meios exclusos e truculentos, invalidar a eleição da subsede do Vale do Ribeira e validar a eleição em Itapeva, pois como todos sabemos a eleição no Vale do Ribeira foi feita da maneira mais democratica possivel, onde as urnas tiveram o acompanhamento de mesários e fiscais e todas as correntes participantes do pleito, e que na hora da apuração a Artisind colocou bete pau para acompanhar os votos, tentando assim intimidar os professores ali presentes. Por outro lado, quer validar a eleição de Itapeva, onde foram constatadas e provadas varias irregularidades durante o processo eleitoral, mas lá vale porque a Articulação venceu.
Sendo assim a partir de agora não vamos mais precisar de eleições, porque onde a Articulação perder eles irão invalidar a mesma, de forma a garantir o poder de maneira imperialista e ditadora. Essa é a forma PT de governar.

A opção paulista de inundar os pobres

As seis comportas da barragem da Penha, na zona leste de São Paulo, foram completamente fechadas às 2h50 do dia 8 de dezembro, dia em que a cidade enfrentou fortes temporais e viu diversos pontos alagarem como há muito tempo não se via. Somente dois dias depois, às 17h20, todas as comportas foram abertas. Os dados, fornecidos pelo engenheiro responsável pela barragem, João Sérgio, indicam que houve uma clara escolha da empresa responsável: alagar os bairros pobres da zona leste para evitar o alagamento das marginais e do Cebolão, conjunto de obras que fica no encontro dos rios Tietê e Pinheiros.
“Mesmo fechando as comportas, encheu o [córrego] Aricanduva. Se eu não tivesse fechado aqui, teria alagado as marginais e toda São Paulo”, justificou Sérgio, que explicou que a decisão vem da direção da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). Ele acrescentou ainda que no dia 9 duas comportas foram abertas às 10h10 e mais duas às 21h.
O engenheiro argumenta que cada barragem (são quatro em São Paulo: Móvel, Penha, Mogi das Cruzes, Ponte Nova) é responsável apenas por administrar o fluxo de água do local e não sabe o que acontece nos outros pontos, porque não há comunicação. Mas ele acredita que as comportas foram abertas nas barragens de cima, em Mogi, e isso influenciou no alagamento da região da zona leste.
“Não recebo informações de outras barragens. As de cima são administradas pela Sabesp e as de baixo pela Emae. Eu só respondo por essa barragem e às ordens da Emae”, disse. “Também acho estranho o nível da água não baixar aqui e não sei por que está indo para os bairros, mas não precisa ser especialista para ver que está assoreado [o rio]“.
Ele trabalha há quase 15 anos no local e conta que desde o governo de Orestes Quércia (1987-1991) não são colocadas dragas para desassorear o rio na parte que fica acima da barragem. “O governo tentou colocar de novo, mas a própria Secretaria de Meio Ambiente não deixou, porque não tinha bota-fora [local para despejar a terra retirada]“, afirmou.
O desassoreamento do rio daria mais velocidade ao escoamento da água e aumentaria a área de reserva de água perto da barragem, o que impediria o transbordamento para os bairros adjacentes.
Para Ronaldo Delfino de Souza, coordenador do Movimento de Urbanização e Legalização do Pantanal, o governo fez uma opção. “Ou alagava a marginal ou matava as pessoas no Pantanal. E matou”, disse. “E ainda bota a culpa nas moradias. O Estado só se preocupa com o escoamento de mercadorias, só pensa em rodovia. Vida humana não importa”.
Moradores e deputados estaduais fizeram nesta quarta-feira (17) uma inspeção no local para saber se a abertura das comportas tinha relação com o alagamento no Jardim Romano e no Jardim Pantanal, que já dura nove dias.
O movimento, formado por moradores de diversos bairros localizado na várzea do rio Tietê, acusa o governo do Estado e a prefeitura de manterem a água represada além do necessário como forma de obrigar as famílias a deixarem a região, onde será construído o Parque Linear da Várzea do Rio Tietê. Há anos, os moradores resistem em sair dali, porque dizem que o governo não apresenta um projeto habitacional concreto e apenas oferece uma bolsa-aluguel.
“Não era para as máquinas estarem trabalhando aqui? Cadê? Não tem um funcionário do governo aqui”, reclamou, apontando para as ilhas que aparecem no meio do rio, logo acima da barragem da Penha. As dragas são vistas somente na parte de baixo da construção.
“Os córregos do Pantanal já estavam muito cheios três dias antes da chuva. Como não abriram a barragem sabendo que ia chover?”, perguntou Souza, indignado. “O que a gente viu aqui é que não houve possibilidade de escoamento, porque a água ultrapassou o nível das comportas e não tinha velocidade para descer, não tinha gravidade”, concluiu.
Segundo os registros da barragem, no dia 8 a água ficou acima do nível das comportas por 5 a 6 horas. Sérgio explicou que a queda do rio Tietê é de apenas 4% e por isso a vazão demora cerca de 72 horas desde a barragem de Mogi das Cruzes até o centro da cidade — isso sem chuva. “É demorado, sempre foi”, disse.
“Imagina o que uma hora de comportas fechadas não faz de estrago lá no Pantanal”, falou Souza, diante dos dados. “Se fecha aqui, a água para de novo, perde velocidade e vai demorar mais 72 horas para descer”, afirmou.
Os deputados estaduais que acompanharam a inspeção concordam con a teoria dos moradores. “Foi feita uma escolha e a corda estourou do lado mais fraco”, afirmou o deputado estadual Raul Marcelo (PSOL). “É uma questão grave. A falta de comunicação e de um gerenciamento unificado são prova de uma falta de governância e de um planejamento na administração das barragens, o que levou, em grande parte, ao fato do bairro do Pantanal ter sido alagado”.
“Há uma estranha coincidência de que no momento da desocupação há um alagamento desses e ninguém consegue escoar a água. Não havia uma inundação dessas há 15 anos e o nível das águas está subindo mesmo sem chuva. É muito estranho e as autoridades têm que explicar”, completou o deputado estadual Adriano Diogo (PT).

Sem ordem judicial, PM usa violência para despejar trabalhadores.

Duzentas famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram violentamente expulsas pela Força Tática da Polícia Militar (PM) na manhã desta quarta-feira (15/12), durante a segunda tentativa de ocupar as terras públicas griladas pela Usina Santa Elisa, localizada no município de Americana, interior do estado de São Paulo. Na ação a polícia utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha. Dois trabalhadores ficaram feridos.
Na década de 1970, a área foi desapropriada da família Abdalla, em virtude de grandes dívidas em impostos e taxas que tinha com o governo federal, estadual e municipal.
Em 2006, a Usina Ester recebeu uma notificação judicial para desocupar a área. Segundo oficiais de justiça, os responsáveis pela usina não foram localizados para a entrega da notificação. Desde então, a Justiça não cumpriu sua própria decisão, intimada há três anos a deixar a área.
“O que acontece aqui é um absurdo. O estado usa a polícia, que usa a violência, para expulsar trabalhadores sem uma ordem judicial de uma área que é sua. Os policiais estavam fazendo papel de segurança privada”, critica Paulo Albuquerque, coordenador do MST presente na ocupação.
Fonte: Brasil de Fato

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Parabéns aos colegas da subsede do Vale do Ribeira.

Estive na ultima terça feira dia 08 acompanhando a elição na subsede da apeoesp na cidade de Registro no Vale do Ribeira. Foi uma eleição tensa e dificil onde a articulação queria usar de suas artimanhas para garantir sua vitoria de maneira obscura como conseguiu fazer nos ultimos anos, e negava as incrições de mesário e fiscais do coletivo Apeoesp na Escola e na Luta.
Fizeram de tudo para barrar nosso coletivo de participar das eleições, chamando a plolicia e depois os bate pau da Cut para querer nos amendrontar.
Mas apesar de tudo seguimos firme em frente e conseguimos com a chegada de um membro do comite eleitoral estadual, que por sinal pertencia a articulação, mas legitimou a nossa participação com mesários e fiscais na eleição.
Depois de tudo feito de maneira clara e licíta o resultado final não poderia ser outro vitoria de 5 conselheiros do coletivo contra 2 da articulação e a subsede agora vai ser dirigida por professores competentes, e tenho certeza que os colegas irão sentir a diferença de uma direção democrativa e preocupada em vivenciar o dia a dia da escola pública da região.
Parabéns aos colegas Hélder, André, João, Washington, Heverson, Paulinho, Irineu, Conceição e Rita, que mesmo com toda presão e ameaças feitas pela articulação não se deixaram amendrontar e enfrentaram a batalha com toda força e garra, e deram uma aula de como se vence uma guerra.

Prefeito de São Paulo persegue camelos e deixa contabandistas em paz !!

O deputado estadual Raul Marcelo pronunciou-se no plenário da Assembleia contra a criminalização de vendedores ambulantes promovida pela prefeitura da capital paulista na região da rua 25 de Março. O prefeito Gilberto Kassab (DEM, ex-PFL) vem utilizando a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar para reprimir violentamente trabalhadores que, em sua maioria desempregados em razão do modelo econômico imposto ao país, tentam ganhar a vida como camelôs.
Os trabalhadores exigem da Prefeitura condições para exercer suas atividades, cumprindo a lei 11.039/91 – que regulamenta o exercício do comércio ambulante no município. Centenas de camelôs denunciam que a prefeitura tem negado a permissão de trabalho mesmo para pessoas que preenchem todos os requisitos legais. No último dia 13 de novembro, o chefe de gabinete da Liderança do PSOL na Alesp, Hugo Batalha, esteve presente em uma audiência na qual o chefe de gabinete da subprefeitura da Sé e representantes da GCM e da PM receberam uma comissão de vendedores. Os trabalhadores reivindicaram a regularização da atividade e o fim imediato da violência policial contra os ambulantes.
Os representantes do governo alegam que a repressão se deve à venda de produtos “piratas”. “O prefeito Gilberto Kassab usa a Guarda Civil e Polícia Militar para perseguir os desempregados que estão lá tentando ganhar a vida, mas a Galeria Pagé continua aberta, as grandes lojas que vendem produtos contrabandeados continuam abertas”, frisou Raul Marcelo.
Na região existem quatro grandes shoppings que comercializam quase que exclusivamente produtos piratas.
Existe uma distinção entre ambulantes que vendem produtos ilegais e ambulantes em situação irregular. Estes últimos vendem produtos lícitos, mas não conseguiram autorização da prefeitura para trabalhar. A estimativa é que na região da rua 25 de Março trabalhem de 5 a 6 mil ambulantes, mas só 74 deles obtiveram a permissão da Prefeitura para trabalhar

Canditatura própria ganha peso no P-Sol

A resolução aprovada na reunião da direção nacional do PSOL, realizada neste fim de semana em São Paulo, evidencia a importância da ação militante na construção cotidiana do partido. Após mais de um mês de discussões internas – desde quando a executiva nacional aprovou resolução autorizando o estabelecimento de conversas com o PV – o diretório nacional aprovou “iniciar imediatamente o processo de avaliação acerca do lançamento de uma candidatura própria capaz de unificar o partido, baseada na construção de um discurso, um perfil e programa capazes de empreender esse objetivo”.
Embora a resolução aprovada pela maioria dos membros do diretório autorize o prosseguimento das conversas com a pré-candidata do PV, Marina Silva, até a conferência eleitoral de março do ano que vem, fica cada vez mais evidente a possibilidade de aliança com os “verdes”.
A resolução também estabelece bases programáticas que são totalmente incompatíveis com o PV que integra a base de sustentação dos governos Serra e Kassab em São Paulo, ocupa o Ministério do Meio Ambiente do governo Lula e é comandado por Zequinha Sarney. Entre os elementos da base programática estão: apresentar-se nas eleições de 2010 como oposição de esquerda à atual política econômica e aos governos do PT, PSDB e DEM; defender a retomada do monopólio estatal das ações da Petrobrás; denunciar e combater a liberação dos transgênicos e a construção da hidrelétrica de Belo Monte; defender a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e a reforma agrária anti-latifúndio em todo o país; denunciar e combater o financiamento privado das campanhas eleitorais.
A política aprovada no diretório nacional mostra o crescimento do sentimento anti-PV na militância do PSOL, e o desgaste que a senadora e pré-candidata Marina Silva imporia à militância do partido, por não se opor nem ao PT nem ao PSDB e defender a mesma política econômica, além de ter sido ministra do governo Lula por quase sete anos, implementando uma política ambiental de interesse do capital.
Raul Marcelo defendeu outra resolução no DN, que propunha indicar desde já à conferência eleitoral que a política correta para o PSOL é o lançamento de candidatura própria, encerrando definitivamente as negociações com Marina e o PV. O resultado da votação foi 41 votos a favor do texto aprovado, 19 contra e uma abstenção.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Deputado da base do governador Serra invade sub sede da apeoesp de Riberão Preto

No dia 30 de outubro de 2009, como já deve ser do conhecimento de todos, a subsede da APEOESP de Ribeirão Preto foi invadida pelo deputado Rafael Silva – PDT, que acompanhado se seus capangas em uma ação de truculência e autoritarismo, só comparada aos tempos da ditadura militar, agrediu física e moralmente conselheiros e funcionários que naquele momento se encontravam na subsede. Esta atitude foi justificada por ele pelo fato de a subsede ter distribuído para as escolas de Ribeirão Preto e região cartazes denunciando a posição dos dois deputados de Ribeirão Preto, referente à votação do PLC 29: o deputado Baleia Rossi – PMDB que votou a favor do projeto e o deputado Rafael Silva – PDT que não compareceu à sessão, se omitindo e, portanto, fugindo da responsabilidade e do compromisso assumido em sua campanha com seus eleitores, dentre eles muitos professores. Não satisfeito, o deputado continuou seus ataques ao sindicato e aos conselheiros em seu programa de radio e também em programas da televisão local , tentou ainda entrar em escolas para falar com professores. Essa atitude truculenta e desrespeitosa do deputado e um ataque não só ao sindicato mas a todos os professores por nós representados. Diante dos acontecimentos, solicitamos o apoio de todos os diretores, divulgando o fato aos professores em suas subsedes e que enviem para Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) moção de repúdio a atitude desse deputado, em nome das subsedes, com cópia para a subsede de Ribeirão; bem como solicitem aos professores que enviem e-mails e cartas ao próprio deputado condenando a sua atitude. Saudações Sindicais. Prof.Mauro Silva

Crônica de Ricardo Antunes - 2.010

Leia o artigo de Ricardo Antunes sobre as eleições presidenciais de 2010, publicado na seção ‘Tendências/Debates’ do jornal Folha de São Paulo. “A pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio poderá ser “vitoriosa” se quebrar o tom monocórdio das demais candidaturas, fizer a polêmica de fundo com Marina e esboçar uma alternativa socialista”, afirma.
RICARDO ANTUNES
O que se pode visualizar, hoje, em relação às eleições presidenciais de 2010? Comecemos pela candidatura Dilma Rousseff, do PT. Parida pelo lulismo, a mãe do PAC é uma candidata cinzenta. Capaz de aglutinar um leque de interesses econômicos poderosos, das finanças ao agronegócio, passando pela indústria pesada, Dilma é uma concorrente submersa no desconhecido.
Burocrata competente que tromba mais que articula, jamais participou de uma campanha. A capacidade que terá de herdar os votos de seu criador, ninguém sabe. Como também não se sabe se este tem capacidade de transferir seu cacife eleitoral à sua criatura. E foi encontrar no PMDB seu aliado preferencial, partido que há décadas vem chafurdando numa programática que é a mais pura pragmática.A candidatura Dilma ainda espera, à direita, o vagalhão que vem do PP de Maluf ao PTB de Collor, com a chancela de Sarney e outras siglas de aluguel. À esquerda, tem apoio certo do PC do B e espera os desdobramentos do PSB de Ciro Gomes.
Mas o espectro Lula viu florescer duas ramificações não programadas. De um lado, Ciro Gomes, baseado no Ceará e recém-bandeado para São Paulo, tempera um voluntarismo com as práticas das (novas?) oligarquias do Nordeste. É capaz de pinçar termos “gramscianos” para preservar a nossa “questão meridional”.
Poderá ser a alternativa de Lula no caso de um fracasso de Dilma, mas também poderá sair de cena para não confrontar o nosso semibonaparte cordato, que comanda pela simpatia, mas não gosta de muita ousadia.
Restará a opção São Paulo. Porém, a transferência de seu título eleitoral para uma cidade eleitoralmente provinciana e bastante conservadora pode ter sido seu mais grave erro político, maior ainda do que a andança que já fez entre tantos partidos.
A outra novidade é a provável candidatura de Marina Silva. Mulher batalhadora, exemplo emblemático dos que vêm “de baixo” e conseguem quebrar alguns grilhões, mas que não soube romper com o governo do PT quando devia. Foi conivente com a aprovação dos transgênicos e viu arranhada a sua trajetória ao ficar seis anos no governo Lula.
No PV, tem à sua esquerda o Peninha e à direita o Zequinha Sarney. Defende a sustentabilidade numa sociedade cada vez mais insustentável. Não quer ferir a ordem, mas amoldar-se a ela. Se vier a surpreender, não será fácil saber se encontrará ancoragem no seu berço original, o PT, ou se flertará com o PSDB. Mas, se até aqui o quadro parece pelo menos pontilhado, no tucanato tudo é sempre indefinido. O PSDB tem um leque de apoios materiais poderosos, tão amplo quanto os da candidatura do PT, mas com certa ênfase nos setores industriais e produtivos.
Tem também a possibilidade de lançar a sua chapa eleitoralmente mais forte dos últimos anos: Serra e Aécio, dois colégios eleitorais poderosos. Mas, como no PSDB só há príncipes, essa chapa não deverá vingar. Melhor para o país, que poderá assim se livrar do privatismo ilimitado do tucanato. Só como ilustração: enquanto Serra é o rei do pedágio privatizado em São Paulo, Aécio gesta a privatização até no cárcere mineiro.
Juntos, não será nada fácil, e os Correios, bancos e universidades públicas devem pôr suas barbas de molho. Só por isso, essa chapa é do encanto de parcela poderosa dos “de cima”, respaldada pelo caiado e fraquejado DEM, cuja sigla é um claro antípoda de sua longa história como PFL, Arena ou UDN.
Nas esquerdas, PSOL, PSTU e PCB não podem ter outra ambição senão fazer forte contraponto, sem nenhuma ilusão eleitoralista. Mas não será fácil. No PSOL, fala-se abertamente em apoio a Marina Silva, como forma de pingar votos e, com isso, “aumentar” a bancada parlamentar do partido. Há também os que defendem a candidatura de Heloísa Helena com raciocínio similar. É o velho PT incrustado no PSOL. Depois de seu melhor momento eleitoral em 2006, quando conseguiu mais de 6 milhões de votos -numa conjuntura marcada pela corrosão do PT e seu governo-, o que era novo corre o risco de envelhecer precocemente.
A pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio é, então, emblemática: poderá ser “vitoriosa” se quebrar o tom monocórdio das demais candidaturas, fizer a polêmica de fundo com Marina e esboçar uma alternativa socialista, gerando algum interesse real nos “de baixo”. Será, de fato, uma anticandidatura.
RICARDO LUIZ COLTRO ANTUNES, 56, é professor titular de sociologia do trabalho do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e autor, entre outros livros, de “Infoproletários: Degradação Real no Trabalho Virtual” (Boitempo), em co-autoria com Ruy Braga.

P-Sol de Campinas realizara seminario sobre a crise mundial

SEMINÁRIO: “Tsunami ou marola?Os efeitos da crise econômica no Brasil”
Após muito debate sobre a crise econômica mundial, que chegou a ser comparada com a “crise de 1929”, o governo Lula e a mídia empresarial têm passado a idéia de que o país voltou à normalidade. Mais do que isso: de que o impacto no Brasil foi pequeno devido à política econômica adotada.O que há de verdade e o que há de mito nesta avaliação? O que é essência e o que é aparência? Já passamos pelo pior ou atravessamos uma fase mais amena de um processo de longa duração? Como está sendo paga a conta da crise e por quem?Entendendo a necessidade de avançar no esclarecimento desses temas e de qualificarmos a intervenção da militância de esquerda e socialista, o PSOL Campinas, em parceria com a secretaria estadual de formação do PSOL está realizando o Seminário “Tsunami ou marola? Os efeitos da crise econômica no Brasil”.
QUANDO? Dia 28 de novembro (sábado)ONDE? No Sindicato Químicos Unificados (Av. Barão de Itapura, 2022)QUEM PODE PARTICIPAR? Militantes ou simpatizantes do PSOL, militantes de movimentos sociais com os quais o partido tenha relação. É aberto às demais cidades da região.
CRONOGRAMA:
9h – Abertura com apresentação da dinâmica do seminário.9h30min – Aula com a Professora Rosa Maria Marques – Economista, pós-doutorada na Faculte de Sciences Economiques da Université Pierre Mendes France de Grenoble. Professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Economia Política e integrante da Comissão de Orçamento e Finanças do Conselho Nacional de Saúde.12h – Almoço13h – Retomada de debate sobre exposição da manhã e trabalho com conceitos de economia.15h – Debatendo com a mídia – utilização de entrevistas com representantes do governo e matérias veiculadas em telejornais.
Obs: será fornecido certificado
Inscrições até o dia 25 de novembro.p.bufalo@uol.com.br – (19) 9775-3613denisesimeao@uol.com.br – (19) 9766-2557

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Musicos não podem mais ser fiscalizados pela OMB em São Paulo

Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Músicos e Compositores do Estado de São Paulo, o deputado Carlos Giannazi está anunciando a decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, representada pelo Acórdão publicado no dia 14 de outubro, que proíbe a Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) de fiscalizar os músicos bem como exigir a inscrição na entidade.
O desembargador Federal Carlos Muta argumenta que a sentença garante à categoria o direito de exercício da profissão, afastando-se as exigências de prova, inscrição na OMB e sujeição ao regime disciplinar específico.
A decisão da Justiça Federal, fruto de uma Ação Civil Pública do Ministério Público Federal, atende a uma antiga reivindicação dos músicos brasileiros que são assediados pela entidade, sendo obrigados a se filiarem a ela para poderem trabalhar.
“De agora em diante os músicos do estado de São Paulo não podem mais ser fiscalizados pela OMB e nem tampouco ter a obrigatoriedade da inscrição na mesma”, disse Giannazi em seu pronunciamento na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O parlamentar ainda acrescentou que, se a decisão da Justiça Federal não for respeitada pela OMB, providências serão tomadas para que sejam efetuadas as medidas criminais cabíveis contra ela. As ações contra a sentença, impetradas pela Ordem, não foram aceitas e serão julgadas em outras instâncias da Justiça. Em suma, a entidade não conseguiu, através dos recursos, que a sentença fosse suspensa.
No início deste ano, Carlos Giannazi protocolou uma representação no Ministério Público Federal pedindo a suspensão de vários artigos da Lei 3857/60. O seu pedido foi aceito e o MPF entrou com uma ADPF no Supremo Tribunal Federal, acolhida pelo Ministro Carlos Ayres. Esta Ação pode ser julgada a qualquer momento pelo Supremo libertando definitivamente os músicos da OMB em todo o território nacional.
O Acórdão referente a apelação civil Nº 2005.61.15.001047-2/sp pode ser acessado no site www.trf3.jus/br

Hoje tem marcha no centro da Capital

A VI Marcha em homenagem ao Dia da Consciência Negra, que percorrerá neste 20 de novembro ruas do Centro da Capital paulista, será também o palco da homenagem a Oliveira Silveira. O poeta gaúcho falecido em 1º de janeiro deste ano foi o idealizador do dia em homenagem ao líder quilombola Zumbi dos Palmares.
A concentração para a marcha terá início às 10 horas, no Largo do Paissandu, em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. A marcha seguirá pela rua Xavier de Toledo e será encerrada em frente ao Teatro Municipal.
O Dia da Consciência Negra é a marca da luta contra o racismo e a opressão capitalista no Brasil. O deputado Raul Marcelo, autor da lei municipal que instituiu o feriado na cidade de Sorocaba, apresentou à Alesp o projeto de lei 1336/2007 – que torna o 20 de novembro feriado em todo o Estado.

Um olhar diz tudo!!!

Por Luiz Araujo
Aconteceu no dia de hoje em um cruzamento do meu bairro. Na esquina, distribuindo panfletos promocionais, um adolescente negro. Cruzando a esquina, um carro cheio de adolescentes vestidos para a prática de futebol, todos felizes com a proximidade de uma manhã esportiva.

O adolescente negro lançou um olhar para o carro que passava. Foi um misto de raiva e inveja. Seu olhar resumia de forma nua e crua as desigualdades sociais que vitimam a juventude brasileira.
Pelos dados do IBGE aquele adolescente bem que poderia se enquadrar em todas ou em algumas das situações abaixo:
A maioria dos jovens brasileiros pobres não consegue pelo menos oito anos completos de escolaridade, sendo que uma das causas é a prematura necessidade de trabalhar, seja ajudando a família, seja em empregos informais;
Apenas 50% dos jovens brasileiros estão no ensino médio, sendo que este índice cai para 29,6% se for muito pobre e sobe para 78,5% se for rico;
A maioria dos analfabetos brasileiros é muito pobre. São 19% dentre os muito pobres e 20% dentre os muito pobres negros. O analfabetismo caiu progressivamente quanto mais sobe a renda do cidadão;
A maioria de nossos adolescentes que conseguem terminar a oitava série do ensino fundamental (atual novo ano) não consegue ler e escrever corretamente, nem domina as quatro operações da matemática. Este índice é maior entre os pobres e negros, dificultando suas chances de sucesso na vida e alijando-os dos melhores empregos; e
A possibilidade de aquele adolescente negro ingressar na universidade é 2.7 vezes menor do que a chance dos adolescentes brancos que caminhavam para mais uma manhã de lazer.
Esta desigualdade tem conseqüências graves para o futuro de nossa juventude. Talvez o adolescente negro de hoje de manhã supere estas dificuldades, continue estudando (caso esteja ainda na escola), consiga uma vaga no ensino médio, consiga um emprego que lhe garanta sobreviver, constitua uma família e seus filhos cresçam tendo acesso a bens materiais e imateriais em maior e melhor quantidade que seus pais.
A Conferência Nacional de Educação, que será realizada em abril, precisa discutir as medidas necessárias para tornar nosso país menos desigual.
Fonte: Blog do Luiz Araujo

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Conferência da Apeoesp

Estarei a partir de amanhã dia 17 até dia 19 deste més na cidade de Serra Negra para a Conferência da Apeoesp ( Sindicato dos Professores), onde iremos aproveitar o espaço para debetes educacionais, voltado principalmente a novas leis do atual governo tucano em que muito ferem a honra e a dignidade do professor. Espero após estes dias trazer boas noticias e um calendário de lutas para o próximo ano que será com certeza de muitas lutas.

Desaba mais uma obra de Serra

Três pessoas ficaram feridas após vigas caírem no km 279 na Régis.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), admitiu na madrugada deste sábado (14) que houve falhas nas obras do Rodoanel, que provocaram um acidente no km 279 da Régis Bittencourt, deixando três pessoas feridas.
O acidente ocorreu por volta das 21h10 desta sexta-feira (13). Três vigas da obra do Trecho Sul do Rodoanel cederam e atingiram um caminhão e dois carros que passavam pela Régis. Ele não soube dizer como as três vigas caíram.
O governador sobrevoou o local e pousou à 0h05 acompanhado do secretário de Transportes, Mauro Arce. Paulo Vieira de Souza, diretor da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), responsável pela obra do Rodoanel, disse que houve uma ruptura de uma das vigas e ela caiu do apoio. Souza afirmou que cada viga pesa 85 toneladas. Segundo o Portal G1 da Globo.
O acidente de ontem é o segundo em grandes obras do governo de São Paulo desde 2007. No início de 2007, o desabamento da construção da estação Pinheiros do Metrô deixou sete mortos. Nos dois casos, a OAS, uma das principais empreiteiras do país, esteve envolvida.
A empresa baiana participa do consórcio que constrói a linha 4 do Metrô e também divide com Mendes Junior e Carioca -esta integrante do grupo responsável pela obra do Fura-Fila onde um viaduto desabou no ano passado- a construção do trecho do Rodoanel onde houve o acidente. O valor desse lote é de R$ 511,7 milhões. Segundo matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo de hoje.
Considerada a maior obra em curso no país, o Rodoanel vem causando polêmica, projetado para desafogar o caótico trânsito de São Paulo, a dois anos passou a ter a cobrança de pedágios em seus acessos, o que contraria o projeto inicial. Numa disputa na justiça já houve até liminar proibindo a cobrança de pedágio, mas concessionária recorreu e a justiça manteve a cobrança. A obra também é uma das principais peças de propaganda do Serra para a disputa de 2010, devido aos gastos fantásticos com a obra e a cobrança de pedágios recebeu o apelido popular de rouboanel.

Deputado organiza debate sobre projeto socialista

O deputado Raul Marcelo coordena no próximo dia 18 de novembro, a partir das 19 horas, o debate “Um projeto socialista para o Brasil”. A atividade discutirá qual deve ser o perfil e o programa a ser apresentado ao país em 2010 pelos partidos da esquerda socialista em aliança com os movimentos sociais combativos. O debate será realizado no auditório Franco Montoro da Assembleia Legislativa (Avenida Pedro Álvares Cabral, 201 – andar monumental – Ibirapuera).
Vão compor a mesa o pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, o dirigente nacional do MST Gilmar Mauro, a economista Rosa Maria Marques e o professor emérito da FFLCH/USP Francisco Oliveira. Todos os amigos do mandato e militantes do PSOL estão convidados.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mandato do Dep. Raul Marcelo pública cartilha em defesa da educação

Com o objetivo de contribuir com o debate sobre o projeto educacional em curso no Brasil e, principalmente, no Estado de São Paulo, o mandato do deputado estadual Raul Marcelo (PSOL) publicou a cartilha “Em defesa da educação”, que reúne artigos de militantes da educação.
Contribuiram na construção da cartilha José Luís Sanfelice, professor titular em História da Educação na UNICAMP/FE/DEFHE e pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação no Brasil – HISTEDB; Magda Souza de Jesus, professora de Língua Portuguesa da rede pública do Estado de São Paulo e Diretora Adjunta da Secretaria de Formação da APEOESP; Francisco Miraglia, professor titular do Instituto de Matemática e Estatística da USP, ex-presidente e vice-presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp-Ssind), diretor do Sindicato nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES-SN) e coordenador do Fórum das Seis; e Roberto Leher, professor da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Pesquisador do CNPq e Coordenador do Observatório Social da América Latina – Brasil do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais.
O material está sendo distribuídos em escolas, faculdades e conselhos ligados à educação no Estado

Ataques ao MST beneficia agronegócios

O deputado federal Ivan Valente (PSOL/SP) subiu à tribuna da Câmara nesta quarta-feira (21/10) para contestar o discurso dos ruralistas, do DEM e dos tucanos logo após a leitura do requerimento que cria a chamada CPI do MST. Para Ivan Valente, a CPI visa fortalecer o agronegócio, combater a Reforma Agrária e criminalizar o legítimo direito de organização dos trabalhadores rurais Sem Terra.
Leia a íntegra do pronunciamento:
“Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, a leitura dessa CPI, nesse momento, mostra que o poder de um setor econômico da sociedade, o agronegócio, associado a um outro da mídia brasileira conservadora, fazendo lavagem cerebral, direcionando reportagens, leva à recriação da CPI, porque já houve uma CPI Mista do MST aqui, há menos de 4 anos, que não investigou coisa alguma. Isso é uma vergonha e mostra o conservadorismo, a hegemonia do agronegócio.
Sr. Presidente, o que está acontecendo de verdade aqui é a criação de uma CPI, não só contra o MST, mas contra a reforma agrária no Brasil. Está se criando uma CPI aqui a favor do agronegócio, da monocultura e para criminalizar um movimento social no nosso País. A luta vai ser também criminalizada, assim como a reivindicação. É a lógica que existe neste momento, ou seja, criminalizar os movimentos sociais.
Tínhamos que investigar por que um setor que se volta só para a monocultura, para a exportação, para a reprimarização do País. Quero investigar as isenções milionárias, os incentivos à exportação, o adiamento e o cancelamento de dívidas do Banco do Brasil para uma setor que já é ultraprivilegiado no nosso País.
Por isso, Sr. Presidente, entendemos que atrás disso tem uma campanha midiática.
Inclusive a CNA produziu ou encomendou uma pesquisa ao Ibope que é uma vergonha em matéria de demonstração de produtividade inclusive do setor agrícola.
E eu queria dizer neste momento, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que não precisa ser lutador, aliado ou admirador do MST para dizer que ele tem razão. Tenho aqui em mãos o artigo do ex-Ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, que eu vou colocar nos Anais desta Casa, insuspeito, alguém do PSDB para dizer o seguinte, que o MST talvez seja o movimento mais conhecido de defesa dos pobres deste País.
Em segundo lugar, as terras que foram apresentadas na televisão da Cutrale são reivindicadas pelo Incra como terras griladas. E isso a imprensa não fala, que uma grande exportadora de laranjas ocupa terra grilada no nosso País. Isso é crime. Isso precisa sim ser criminalizado. Em terceiro lugar, que aquela demonstração, se há críticas há fazer, era um combate à monocultura, quer-se-ia mostrar que se pode plantar outras coisas também nesse processo.
Sr. Presidente, a verdade é que rigorosamente a pequena propriedade no nosso País, a agricultura familiar, como diz o próprio artigo do Bresser Pereira, é responsável por três quartos da mão-de-obra utilizada no campo, ocupando apenas um quarto das áreas cultiváveis. Essa é que é a relação.
Por isso, Sr. Presidente, entendemos que essa movimentação que se faz para recriarmos a CPI é, na verdade, a lógica da criminalização do movimento social e da luta. Peço aos Deputados e Senadores que assinaram isso, que assinem, sim, uma CPI para assinar os privilégios deste País, os ganhos milionários com juros e amortização da dívida pública. Está lá a CPI boicotada pela maioria dos Partidos.
Essa, sim, destina 282 bilhões de reais do ano passado para juros e amortizações. Isso ninguém quer investigar. Agora, uma entidade que usou 5 ou 10 milhões precisa ser investigada. Não é nada disso. Temos de investigar o que faz e a lógica do agronegócio, que, aliás, é a mesma lógica que se está analisando na Comissão Especial que analisa o Código Florestal em nosso País.
O que se quer ali é revogar toda a legislação ambiental, que vai do sistema de unidade de conservação, o código florestal, a lei de crimes ambientais, o sistema nacional de meio ambiente, tudo por pressão do agronegócio dominado por ruralistas, que chegam aqui eleitos. Cento e vinte, 130 Parlamentares formam uma bancada específica, tencionam o Congresso e o Governo. Aqui queremos dizer claramente: somos radicalmente contrários a este tipo de CPI, porque o que ela visa é criminalizar o movimento social e a defesa da propriedade, e não da vida.
O que se defende aqui é que a propriedade está acima da vida. É o nosso repúdio, Sr. Presidente.
Câmara dos Deputados, 21 de outubro de 2009.”

Feliz Aniversário

Dia 30 de outubro sopraram velinhas minha mãe Beth Amadei e Minha prima Luciane Amadei, abraço e votos de muita paz, saúde, harmonia e felicidades mil a essas duas mulheres que fazem parte do meu coração.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

PSDB usa tropa de choque para receber professores na ALESP

O governo tucano mostrou nesta terça-feira seu desapreço pela educação ao impor a votação do projeto de lei complementar 29/09 – que institui uma “política” de progressão na carreira baseada na competição entre professores – na Assembleia Legislativa. Docentes que se dirigiram à Alesp para acompanhar a votação foram “recebidos” por um efetivo reforçado da Polícia Militar e homens da Tropa de Choque.
“Era hora do presidente da Casa, aliás, todos os deputados fazerem um cordão na rampa da Assembleia para reverenciar os professores. Ao contrário, eles são recebidos pela polícia”, criticou o deputado estadual e lider da bancada do PSOL, Raul Marcelo.
O parlamentar lembrou ainda que “enquanto isso, a corrupção corre solta no Estado. Se reduzíssemos em um ponto percentual o índice de corrupção brasileira, teríamos um acréscimo de R$ 28 bilhões no orçamento, que poderia ser investido na educação”.
Raul Marcelo também criticou o fato da propositura não ter sido discutida com os professores e suas entidades representativas, assim como não ter sido acatada nenhuma sugestão de alteração do texto encaminhado pelo Executivo. Os deputados do PSOL votaram contra o projeto.
“Precisamos ter uma política de valorização dos professores séria, e não esse arremedo. Por não termos essa política, é que aquele jovem que está saindo do banco das escolas não vê mais a carreira de professor como perspectiva profissional”, lembrou Raul Marcelo.
“A previsão do gasto com educação para este ano é de 22 bilhões de reais. As pessoas perguntam o que está acontecendo com os recursos dos impostos que as pessoas estão pagando. O problema é que o Serra usa o dinheiro da educação para pagar a dívida. Um homem do mercado financeiro foi quem elaborou essa política, o secretário Paulo Renato. E isso aqui é mais um projeto que faz parte do grande projeto de acabar com a educação pública”, concluiu o deputado.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

TJ derruba liminar que confirmava denúncias do P-Sol contra Serra e Editora Abril.

O desembargador Edson Ferreira suspendeu, na última sexta-feira (9) os efeitos da liminar conferida pela juíza Amanda Sato, que determinava a interrupção da distribuição da revista “Nova Escola” pelo governo Serra. A liminar fora solicitada pelo Ministério Público Estadual em ação civil para apuração de improbidade administrativa instaurada a partir de representação feita pelos deputados do PSOL Raul Marcelo, Carlos Giannazi e Ivan Valente.
Na liminar, o juízo de primeira instância ressaltava que “existem produtos concorrentes da revista ‘Nova Escola’ que poderiam, perfeitamente, disputar junto com ela em um processo licitatório”. Embora o TJ tenha derrubado a liminar, o mérito da questão ainda não foi julgado e a primeira decisão reforça as denúncias feitas pelo PSOL.
A ação do MP questiona a responsabilidade do presidente e de dois diretores da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, além da Fundação Victor Civita (grupo ao qual pertence a Abril). Além do cancelamento imediato do contrato, o MP pede que os responsáveis sejam condenados a ressarcir o erário caso se comprove o mau uso do dinheiro público, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por três a cinco anos, pagamento de multa e proibição à empresa de contratar com o poder público pelo período de cinco anos.
O governo Serra adquiriu em outubro do ano passado 220 mil assinaturas da revista, ao custo de R$ 3,7 milhões, sem licitação e sem ouvir a opinião dos professores – cujos dados residenciais foram fornecidos à Editora Abril sem autorização, o que é também ilegal.

Corrupção em Sorocaba.

Policiais do Grupo Antissequestro de Sorocaba (GAS) detiveram, hoje pela manhã, o secretário (que pediu afastamento do cargo) de Governo e Planejamento, Maurício Biazotto, a esposa dele, Valéria Cavaler, o titular das Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Habitação, José Dias Batista Ferrari e um engenheiro da Pasta e um funcionário de carreira que trabalhava na secretaria de habitação, responsável pelos alvarás de funcionamentos.
Todos estão envolvidos em denúncias de corrupção apuradas dentro da chamada Operação Pandora, que investiga esquema de pagamento de propinas dentro da Prefeitura de Sorocaba para liberação de alvarás para funcionamento de postos de gasolina.
As investigações ganharam impulso a partir da detenção da empresária Ivanilde Vieira, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de São Paulo (Sincopetro) que, em depoimento, revelou como funcionava o esquema.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

Agora já é lei.

José Serra, governador do Estado de São Paulo, sancionou uma lei que assegura aos jovens jogadores de futebol o acesso à educação. Pela norma, os clubes oficiais devem matricular seus atletas menores de 18 anos em instituições públicas ou particulares.
A Lei nº 13.748, de 8 de outubro e de autoria do deputado estadual Raul Marcelo (PSOL), entrará em vigor 30 dias depois de sua publicação. Os clubes reconhecidos pela Federação Paulista de Futebol (FPF) terão ainda mais um mês para comprovar que seus jogadores com menos de 18 anos estão matriculados em alguma instituição de ensino.
Quem desrespeitar a nova norma receberá uma multa de R$ 3.962,50 por jogador sem matrícula. Em caso de reincidência, a equipe ficará impedida de disputar partidas em campeonatos oficiais da FPF.
As quantias arrecadadas com as multas serão repassadas para o ensino estadual, sob supervisão da Secretaria de Educação. A medida atende às exigências do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que preveem a frequência escolar adequada aos jovens.

Parabéns ao colegas professores

Ontem foi o dia do professor, todo mundo te comprimenta, fala da que sua profissão é uma das mais dignas e importantes e assim passa o dia. Eu mesmo recebi varios comprimentos pessoais, emails, scraps, todos falando da importancia de ser professor.
Mas, infelizmente não temos o que comemorar, o baixo sálario, a falta de infra estrutura, a violência que ronda as escolas, e o descaso e ataque do governo nos fazem repensar até quando vamos aguentar tudo isso e não mudar de profissão, por outro lado vamos fazer o que???, se nascemos e amamos o que fazemos....não me vejo em outra profissão, mas esta dificil.
Então vamos levando, com a esperança de que ano que vem os governos mudem, tanto na esfera nacional quanto na estadual, para também termos uma esperança de mudança na educação, pois se hoje a escola pública ainda funciona, é porque exintem colegas que passam por cima de todas as dificuldades para fazer que isso aconteça, caso contrário, as coisas estariam ainda pior. Então parabéns professores, comemorem mesmo, pra valer, porque ser professor nesse nosso país não é profissão, é um dom e uma missão que você recebeu para comprir como só você sabe.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

As laranjas e o show

Por Gilmar Mauro
Na região de Capivari, interior de São Paulo, quando alguém exagera, tem uma expressão que diz: “Pare de Show!”
É patético ver alguns senadores(as) , deputados(as) e outros tantos “ilustres” se revezarem nos microfones em defesa das laranjas da Cutrale. Muitos destes, possivelmente, já foram beneficiados com os “sucos” da empresa para suas campanhas, ou estão de olho para obter “vitaminas” no próximo pleito. Mas nenhum deles levantou uma folha para denunciar o grande grilo do complexo Monções. As laranjas, e não poderia ser planta melhor, são a tentativa de justificar o grilo da Cutrale e de outras empresas daquela região. Passar por cima das laranjas é passar por cima do grilo e da corrupção que mantém esta situação há tanto tempo.
Não é a primeira vez que ocupamos este latifúndio. Eu mesmo ajudei a fazer a primeira ocupação na região, em 1995, para denunciar o grilo e pedir ao Estado providências na arrecadação das terras para a Reforma Agrária. Passados quase 10 anos, algumas áreas foram arrecadadas e hoje são assentamentos, mas a maioria das terras continua sob o domínio de grandes grupos econômicos. E mais, a Cutrale instalou-se lá há 4 ou 5 anos, sabendo que as terras eram griladas e, portanto, com claro interesse na regularização das terras a seu favor. Para tanto, plantou laranjas! Aliás, parece ter plantado um laranjal em parte do Congresso Nacional e nos meios de comunicação. O que não é nenhuma novidade!
Durante a nossa marcha Campinas-São Paulo, realizada em agosto, um acidente provocou a morte da companheira Maria Cícera, uma senhora que estava acampada há 9 anos lutando para ter o seu pedaço de terra e morreu sem tê-lo. Esta senhora estava acampada na região do grilo, mas nenhum dos ilustres defensores das laranjas pediu a palavra para denunciar a situação. Nenhum dos ilustres fez críticas para denunciar a inoperância do Executivo ou Judiciário, em arrecadar as terras que são da União para resolver o problema da Dona Cícera e das centenas de famílias que lutam por um pedaço de terra naquela região, e das outras milhares de pessoas no país.
Poucos no Congresso Nacional levantam a voz para garantir que sejam aplicadas as leis da Constituição que falam da Função Social da Terra:
a) Produzir na terra;
b) Respeitar a legislação ambiental e
c) Respeitar a legislação trabalhista.
Não preciso delongas para dizer que a Constituição de 1988 não foi cumprida. E muitos falam de Estado Democrático de Direito! Para quem? Com certeza estes vêem o artigo que defende a propriedade a qualquer custo. Este Estado Democrático de Direito para alguns poucos é o Estado mantenedor da propriedade, da concentração de terras e riquezas, de repressão e criminalização para os movimentos sociais e para a maioria do povo.
Para aqueles que se sustentam na/da “pequena política”, com microfones disponíveis em rede nacional, e acreditam que a história terminou, de fato, encontram nestes episódios a matéria prima para o gozo pessoal e, com isso, só explicitam a sua pobreza subjetiva. E para eles, é certo, a história terminou. Mas para a grande maioria, que acredita que a história continua, que o melhor da história sequer começou, fazem da sua luta cotidiana espaço de debate e construção de uma sociedade mais justa. Acreditam ser possível dar função social à terra e a todos os recursos produzidos pela sociedade. Lutam para termos uma agricultura que produza alimentos saudáveis em benefício dos seres humanos sem devastação ambiental. Querem e, com certeza terão, um mundo que planeje, sob outros paradigmas que não os do lucro e da mercadoria, a utilização das terras e dos recursos naturais para que as futuras gerações possam, melhor do que hoje, viver em harmonia com o meio ambiente e sem os graves problemas socias.
A grande política exige grandes homens e mulheres, não os diminutos políticos – não no sentido do porte físico – da atualidade; a grande política exige grandes projetos e uma subjetividade rica – não no sentido material – que permita planejar o futuro plantando as sementes aqui e agora. Por mais otimista que sejamos, é pouco provável visualizar que “laranjas” possam fazer isso. Aliás, é nas crises, é nos conflitos que se diferencia homens de ratos, ou, laranjas de homens.
Gilmar Mauro é integrante da coordenação nacional do MST.

P-Sol é contra a PCL 29 do governo Serra

O deputado estadual Raul Marcelo denunciou na tarde desta teça-feira (6) o “arremedo” de política educacional promovido pelo governo José Serra. As críticas do deputado foram apresentadas durante a audiência pública para discussão do projeto de lei complementar 29/09.
O PLC, encaminhado pelo Executivo à Assembleia Legislativa, é rejeitado pelos professores por acabar com a isonomia salarial e impor uma política de evolução salarial de apenas até 20% dos integrantes de cada faixa salarial do professorado paulista. Ainda assim, essa evolução estará condicionada à aprovação do docente em um “exame”, à permanência numa mesma escola por três anos e à existência de recursos disponíveis à época da possível promoção. O sindicato dos professores (Apeoesp), inclusive, questiona a legalidade da propositura judicialmente porque a proposta burla a legislação estadual, que exige a formação de uma comissão paritária para envolvendo o poder público e a categoria para promover alterações nas regras de ascensão funcional.
Em seu pronunciamento, Raul Marcelo citou o estudo “A Vantagem Acadêmica de Cuba”, do economista Martin Carnoy (publicado pela Fundação Lemann). “Apesar de ser uma fundação conservadora, o estudo prova que a educação em Cuba é infinitamente melhor que no Chile, onde as políticas as políticas neoliberais foram implementadas na década de [19]70, e também melhor que no Brasil, onde o neoliberalismo teve início na década de 1990, quando o senhor, inclusive, era Ministro da Educação”, ressaltou o deputado.
Raul Marcelo citou também que, recentemente, a UNESCO declarou o Equador um país livre do analfabetismo. “E o Secretário de Educação afirma que é impossível erradicar o analfabetismo em São Paulo, onde temos 5% de analfabetos” e uma economia muito mais diversificada, mesmo na comparação do Estado com o país vizinho.
Referindo-se mais uma vez ao Secretário Paulo Renato, o deputado denunciou ainda que “esse mesmo secretário que tem coragem para afrontar os professores e educadores de nosso Estado, mas não tem coragem de enfrentar o governo para garantir investimentos na educação, para enfrentar o problema do endividamento do Estado”.
Se o governo Serra insistir na votação do PLC 29/09 da forma como foi apresentada à Alesp, os deputados do PSOL votarão integralmente contra o projeto – acompanhando a reivindicação da Apeoesp e demais entidades ligadas ao professorado paulista, que exigem a retirada da propositura da pauta.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Eucalipto : O verde enganador

Reflexões sobre o avanço irrefreado da monocultura do eucalipto e os imensuráveis impactos ambientais e sociais deledefluentes
As “belas” imagens elaboradas em meio ao enredo de uma recente novela “das oito”, veiculada pela maior emissora de televisão do país, que procurou infundir à grande audiência vitimada pela falta de acesso a canais alternativos de informação, a ideia do quão “maravilhoso” é o mundo recoberto por vastas e verdejantes plantações de eucaliptos, podem ser retidas como exemplo seguro deste tempo tão acrítico, marcado pela deificação do consumo.
Chegou-se ao cúmulo de inserirem cenas na sobredita novela global em que atores, saltitando alegremente no meio de bosquetes de eucalipto, deitavam cantilenas a respeito da falsa imagem da convivência harmônica do clonado eucaliptal e os seres silvestres. Dizem que até cantarolar de pássaros e a presença de outros bichinhos mostrou-se em meio à vastidão da monocultura representada na trama novelesca.
Ainda na vereda de refletir-se sobre as imagens construídas pela grande mídia empresarial no afã de sedimentar na consciência nacional a sacralidade da tríade monocultura-agronegócio-biotecnologia, nos deparamos, em meados de janeiro deste ano, com a notícia, mui comemorada nos escaninhos empresariais, de que, após meses de tentativas, finalmente o Grupo Votorantim, que ostenta entre seus quadrantes a empresa Votorantim Celulose e Papel, doravante nominada como VCP, conseguiu, com o auxílio luxuoso do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, arrematar o controle da empresa Aracruz Celulose, com a observação de que os aportes de recursos públicos injetados na operação chegaram a casa (note-se bem, nestes tempos de crise global) dos R$ 2,4 bilhões. O BNDES, segundo as notícias, já era detentor de R$ 2 bilhões em ações junto a Aracruz. i Tudo muito limpo. Tudo muito moderno. Tudo muito globalizado e politicamente correto nestes tempos, como acima sublinhado, em que a imagem comprada na mídia pesa mais do que quaisquer outros valores, até mesmo sobre a dignidade humana, tantas vezes trucidada no obscurantismo da pátria real, bem distante dos interesses veiculados por nossos maravilhosos veículos de mídia.
Mas, para a grande maioria da população, avulta escamoteada por essas imagens e representações orquestradas pela grande mídia uma triste realidade: a de que essas empresas do setor de papel e celulose, responsáveis pela expansão, em larga escala, do eucalipto em várias regiões do país, vêm sendo questionadas pelos movimentos populares como uma das principais causadoras de desastres ambientais e sociais incomensuráveis, motivadores de êxodos rurais e espoliações de terras indígenas e pelo estrangulamento e paulatina aniquilação de modos tradicionais de produção rural, como a agricultura familiar, pois, ao contrário das imagens construídas pela mídia, as plantações mercantis de eucalipto – como toda e qualquer monocultura semeada nas artificialidades dos laboratórios das grandes corporações – não interage com a natureza. Nelas não há possibilidade alguma de existir vida diversificada, intercâmbio biológico, cadeia alimentar e condições naturais que permitam a sobrevivência, até mesmo, do mais rasteiro dos insetos.
Dessa realidade estéril é que resulta o conceito – tão bem lapidado ao tema – do DESERTO VERDE, concebido pela população rural afligida por seus negativos impactos. ii
Sobre o mote, é sempre válido trazer à baila o depoimento do biólogo Elbano Paschoal, que acompanhou o drama da devastação ambiental, gerada pela monocultura do eucalipto, no sul da Bahia: “O desprezo e crueldade dispensados à fauna silvestre pelos promotores da monocultura de eucalipto, utilizando totalmente tabuleiros e terras planas, deixando apenas alguns grotões (ilhas de áreas íngremes) para ‘refúgio’ da fauna silvestre são estarrecedores. Muitas espécies não vivem (não estão adaptadas) em áreas com relevo acidentado, e estão sendo localmente extintas, especialmente as espécies endêmicas e raras. Além do mais, não há conectividade entre as ilhas de vegetação (nativa) imersas no mar de eucalipto. O eucaliptal não representa um corredor ecológico pleno, pois sabemos nós, ambientalistas, cientistas, empresários, técnicos do governo, etc., que inúmeras espécies não atravessam, muito menos utilizam o eucaliptal. Algumas espécies, mesmo as aves, cuja capacidade de deslocamento é maior que a de outras, sequer atravessam uma estrada aberta num ambiente natural”.iii
Note-se: estamos a refletir não sobre meia dúzia de árvores exóticas, e sim sobre milhões e milhões de hectares recobertos por eucaliptos, para fins exclusivamente mercantis, fomentados pelas sobreditas empresas de celulose em várias regiões do país: sobre o já desertificado sul da Bahia, sobre o devastado norte do Espírito Santo, norte de Minas, região dos pampas gaúcho e sobre o Vale do Paraíba, em São Paulo, onde só a VCP detém mais de 259 fazendas recobertas por eucaliptos em mais de 35 municípios, com o estratosférico potencial de corte de 2.500.000 m3 de toretes por ano iv.
Nessa escala vertiginosa da monocultura, os impactos sociais e ambientais são incomensuráveis, até porquê a pesada e custosa estrutura fiscalizatória governamental (Ministérios Públicos Estaduais e Federais, DPRN, IBAMA, Polícias Ambientais, etc.) tem se mostrado inativa na vigilância e repressão a essas transgressões ambientais todas.
Segundo relatos formulados pela FASE/ES e constantes da CPI da Aracruz, desenvolvida na Assembléia Legislativa do Espírito Santo em 2002, a tão festejada agroindústria da celulose recobriu territórios originalmente ornados pela Mata Atlântica, tida pelo próprio texto constitucional como patrimônio nacional em função de sua riqueza em biodiversidade v, por vastos plantios de eucalipto com o escopo único de fomentar a indústria de celulose, reduzindo a cobertura vegetal natural no Espírito Santo, que era de 4 milhões de hectares em 1990 (cerca de 86,88% da área do Estado) para escassos 402.392 hectares (8,34% do território estadual). Em outras palavras, a sacrossanta Aracruz substituiu, guiada por objetivos meramente mercantis, a maior biodiversidade do mundo pela estéril e exótica monocultura. Para tanto ocupou terras indígenas, poluiu o meio ambiente, insuflou o desemprego e êxodo rurais e instaurou um crescente processo de desertificação no norte do Estado, cuja devastação social pode ser constatada pelos depoimentos constantes da aludida CPI que, pelo fragor das notícias veiculadas pela grande mídia, parece ter resultado em absolutamente nada.
O avanço desenfreado dessa monocultura no Sul da Bahia e norte de Minas, segundo informes de geógrafo da universidade de São Paulo, já fez secar mais de 4 mil nascentes do Rio São Francisco vi, e só agora, após décadas de denúncias pelos movimentos sociais, é que a empresa Veracel Celulose, pertencente a Aracruz, foi condenada, em primeira instância da Justiça Federal, pela devastação da Mata Atlântica no sul da Bahia. vii
Os perversos impactos sociais e ambientais derivados da expansão dessa monocultura já estão sendo debatidos no âmbito do Tribunal de Justiça em São Paulo pela Defensoria Pública Regional de Taubaté-SP, que a pedido dos movimentos populares de defesa dos direitos dos pequenos agricultores de São Luiz do Paraitinga-SP o MDPA, ajuizou Ação Civil Pública nesse município viii, já absorvido pelo questionado cultivo em cerca de 20% de seu território quando, sabemos, os índices máximos tolerados pelos parâmetros de zoneamento agroflorestal traçados por normas expedidas pela OMS e por estudiosos no assunto, não suplanta a faixa de segurança de 5% dos territórios agricultáveis em cada município, sob pena de inviabilizar-se a concretização do tão propalado desenvolvimento sustentável e assegurar-se a preservação dos recursos naturais e áreas destinadas ao cultivo de alimentos.
Para alcançarem esse nível estratosférico de expansão, os expertos cientistas a serviço da florescente e rica indústria papeleira, desenvolveram mudas de eucalipto caracterizadas pelo hibridismo e pela clonagem, com níveis baixíssimos da substância conhecida como lignina (que serve para emprestar tessitura e consistência ao enfeixamento fibroso de qualquer madeira), permitindo um crescimento recorde dessas imensas árvores (em média, 6 anos para o primeiro corte) bem assim facilitando o processo industrial do branqueamento da massa de celulose e evitando, com isso, o anticomercial efeito do amarelecimento precoce do papel posto no mercado de consumo.
Afora o intenso processo químico historicamente utilizado na produção industrial do papel, as empresas fomentadoras desses cultivos – seja em terras próprias ou arrendadas – necessitam infestar o solo destinado à instalação da monocultura do eucalipto com toneladas e toneladas de pesticidas à base de glifosato (dentre outras tantas pestilências químicas), geralmente manejado com a aplicação do conhecido herbicida Round’up, da Monsanto, a fim de eliminar a presença de formigas e outros elementos naturais potencialmente nocivos ao esperado desenvolvimento das clonadas mudinhas, em processo tecnicamente conhecido como capina química.
Por influxo direto do engenho e arte dos cientistas a serviço dessas portentosas empreendedoras, e para a felicidade dos gestores e acionistas das companhias em referência, as mudas dos eucaliptos, a priori concebidas em laboratórios, são imunes aos efeitos químicos do glifosato, não sentem sua acidez, nem sua efervescência, nem qualquer atributo lesivo passível de contaminação desse devastador componente químico.
Mas a natureza não passa incólume a tanta desgraça!
Numa região caracterizada, geograficamente, como sendo um mar de morros, hoje vislumbramos um vasto mar verde, mar de eucalipto, mar morto.
Segundo declarações do campesinato local, em meio à insana expansão em escala industrial dessa monocultura, seus empreendedores não respeitam norma ambiental alguma, investem sobre cumes de morros, violam áreas de nascentes, irrompem em várzeas e aniquilam matas ciliares, intoxicando cursos d’água, rios e provocando a morte de incontáveis espécies da fauna local.
O zoneamento ambiental erigido em meio ao Código Florestal para fins de proteção das APPs – Áreas de Preservação Permanente – é copiosamente ignorado pelas empresas responsáveis por essa escalada absurda do cultivo nocivo dessas plantas exóticas, posto que implementam o plantio de eucaliptos em vilipêndio às distâncias mínimas demarcadas pelo artigo 2º da Lei Federal nº 4.771/65.
Pela lógica informadora das forças gravitacionais, auxiliada com o adorno dos ventos e ocorrências de chuva, grande parte das toneladas e toneladas dos materiais químicos utilizados no manejo da monocultura acaba atingindo as nascentes, cursos d’água, córregos, rios, contaminando pessoas, animais, pastagens, enfim, dando causa a um desastre ambiental ainda não devidamente mensurado, isso para não se falar do esgotamento de poços, minas d’água e demais corpos hídricos em função do enorme poder de sucção do eucalipto, responsável pelo abandono de inúmeras posses rurais pelos agricultores afligidos com o ressecamento de suas fontes de água.
Afora isso, a formação de enormes latifúndios recobertos pelo exótico cultivo acaba aniquilando a diversidade cultural das localidades campesinas, inviabilizando o desenvolvimento da agricultura familiar, da pequena pecuária que há séculos eram implementadas pelas populações locais vitimadas pela escala hipertrófica da monocultura, fazendo com que se extinguam manifestações culturais tradicionais como festejos populares, atos devocionais emanados de lugares tidos como sagrados pela população originária, agora suprimidos pelos grandes latifúndios do eucalipto, consumando tudo de ruim que se possa perceber numa região já assolada pelo avanço da monocultura.
Tal qual a certeira interpretação tecida em obra fundamental pelo Prof. Carlos Walter Porto-Gonçalves, embora seja um dos pilares de sustentação da moderna agricultura capitalista “a monocultura revela, desde o início, que é uma prática que não visa satisfazer as necessidades das regiões e dos povos que produzem. A monocultura é uma técnica que em si mesma traz uma dimensão política, na medida em que só tem sentido se é uma produção que não é feita para satisfazer quem produz. Só um raciocínio logicamente absurdo de um ponto de vista ambiental, mas que se tornou natural, admite fazer a cultura de uma só coisa. ix
E todos esses questionamentos deram conteúdo à referida AçãoCivil Pública, cujas provas, de tão consistentes, alicerçaram uma vitória inédita para o movimento social que vive a suscitar o debate atreito aos efeitos da expansão, sem limites, das monoculturas no país: é que a 1ª Câmara Ambiental do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo acolheu recurso interposto pela Defensoria Pública Estadual e, reconhecendo os severos impactos sociais e ambientais no município de São Luiz do Paraitinga-SP, determinou a suspensão de todo e qualquer plantio do eucalipto na região até a feitura pelas empresas VCP e Suzano de Estudos de Impacto Ambiental – EIA/RIMA, devidamente guarnecidos com audiências públicas junto às populações locais. x
Outra decisão relevante sobre o tema foi proferida pela Juíza Federal Clarides Rahmeier na Ação Civil Pública n. 2006.71.00.011310-0, da Vara Ambiental de Porto Alegre que, a pedido de entidades ambientais, determinou a suspensão de publicidade oficial, promovida pelo governo do Rio Grande do Sul, reputada enganosa porque só externava aspectos positivos do programa estatal de fomento à monocultura naquele Estado sem divulgar ao público as fundadas questões atreitas aos danos ambientais e sociais experimentados pela população vitimada pela expansão, em altíssima escala, do polêmico cultivo.
Como se percebe, os questionamentos que cingem o modelo agroindustrial encetado ao país pela elite dirigente são consistentes, exigindo um debate mais aprofundado para que a sociedade tenha acesso a informações mais completas a respeito dos imensuráveis impactos desse modelo de produção nos recursos naturais e seus reflexos junto às populações vitimadas.
O que choca, pela menos àqueles que detêm uma consciência mais aguda sobre essa realidade circundante, e que os veículos da grande mídia insistem em sonegar, é o absurdo investimento de recursos públicos a insuflar uma atividade submetida a tantas e severas denúncias de degradação. A atuação do BNDES no fomento à expansão de tão danosa monocultura afronta preceitos legais enfeixados no acervo normativo voltado, teoricamente, à tutela do meio ambiente, em especial, ao que preconiza o artigo 14 da Lei Federal n. 6.938/81, instituidora da tão ignorada Política Nacional do Meio Ambiente, que é expresso ao determinar a perda e restrição imediata de quaisquer subsídios públicos à atividades danosas ao meio ambiente. O verde que recobre a agroindústria, como vemos, é enganador. As vastas plantações de eucalipto não são florestas, não se prestam a restaurar as infindáveis áreas de matas nativas suprimidas por esse insano modelo econômico e não geram nem a décima parte da oferta de empregos bradada por seus empreendedores. O que fica, especialmente por parte dos integrantes dos movimentos sociais que vivem a denunciar essa série sem precedentes de devastações, é a espera do momento em que órgãos fiscalizatórios, como o Ministério Público Federal, iniciem a necessária repressão sobre esses gastos desarrazoados de dinheiro público em atividades notoriamente degradantes. Se isso um dia se consumar, espera-se, não seja tarde demais.

Serra cria apartheid no sistema público de saúde de São Paulo

Com nova lei, organizações sociais e planos de saúde são presenteados por tucanos
AGÊNCIA BRASIL DE FATO – Eduardo Sales de Lima
No dia 14, fazia quatro dias que a neta de Lúcia Rejane estava internada na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Recém-nascida, a menina possui um tumor na parte externa de sua cabeça. Ela permanece internada porque a máquina de ressonância magnética está quebrada e só esse exame permitirá o diagnóstico: tumor maligno ou benigno. Preocupada, tensa, Rejane fumava dentro do complexo da Santa Casa, num espaço exterior. O hospital é público e administrado por uma organização social (OS), a Irmandade Santa Casa de Misericórdia do Estado de São Paulo.
A alguns metros de Rejane, uma contradição. Existe um outro hospital, o Santa Isabel, que só atende a pessoas conveniadas e também pertence à Irmandade Santa Casa. Causa estranheza, entretanto, um hospital privado ocupando um complexo hospitalar público.
A porta do pronto-socorro do hospital Santa Isabel é automática, seu interior é bem acabado, mas o mesmo se encontra vazio. Do lado dos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), contando 50 metros de distância, cerca de 150 pessoas lotavam um pronto-socorro.
Rejane não estava no PS, mas, diante da sua realidade e das dezenas de pessoas esperando por atendimento médico, desabafa: “A gente não tem dinheiro e fica assim; é ruim ter essa diferença, mas os governantes querem assim”. A dona de casa reclamou também da falta de informação e do péssimo atendimento dado a sua neta.
A “diferença” de tratamento citada pela avó aflita poderá aumentar ainda mais com a nova lei aprovada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Com a mudança, o tucano poderá ampliar a terceirização de unidades públicas de saúde para entidades privadas em São Paulo e permitirá que até 25% dos atendimentos sejam dedicados aos planos de saúde. Ou seja, os hospitais estaduais gerenciados por OSs serão reembolsados por atendimentos prestados a pacientes que tenham planos de saúde.
O deputado estadual Raul Marcelo (Psol) explica que o que já é presenciado por Lúcia Rejane também o será por inúmeras pessoas. “Vai criar o apartheid nos hospitais. Nas Santas Casas já existe uma porta do SUS e outra de um órgão privado”. Como na realidade presenciada por Lúcia Rejane, Raul reforça: “é a porta do plano de saúde vai ser a modernizada”.
Mais. Para os críticos da nova lei, o atendimento a convênios prejudicará os pacientes mais pobres, que comumente enfrentam filas enormes, enquanto pessoas com cobertura privada desfrutarão, dentro da rede pública, de melhores serviços. Em declaração ao Correio da Cidadania, o diretor do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, Mário Scheffer, reforça o conceito de divisão social já dito pelo deputado Raul Marcelo e também acredita que “isso cria um verdadeiro apartheid dentro do sistema”.
É só fazer as contas. Agora, as OSs vão atender 75% dos usuários do SUS e 25% de clientes com planos de saúde. Quer dizer, um pessoa que antes esperava sete meses para ser atendida por um endocrinologista, por exemplo, terá um acréscimo de 25% no tempo.
Para a administração tucana, o atendimento de planos traria mais recursos ao setor público. Mas a promotora pública Ana Trotta Yarid entrará com ação de inconstitucionalidade contra o projeto, que visa somente “abrir caminho para a entrada das organizações”.
Abre caminho para um setor e literalmente presenteia outro. Ela lembra, em entrevista ao Correio da Cidadania, que o governo sempre teve a possibilidade de cobrar dos planos pelos atendimentos que esses utilizaram na rede pública. O próprio secretário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Ismar Barbosa Cruz, afirmou no início deste ano que a dívida dos planos de saúde com o SUS é de “no mínimo, R$ 4,3 bilhões”.
Nas tetas estataisRaul Marcelo chama atenção para dados de um relatório do Dieese. Ele mostra que, em 2004, foram gastos R$ 600 milhões com OSs e, em 2008, foram gastos mais de R$ 1 bilhão.
Roberto*, funcionário de uma unidade de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) da zona leste da capital paulista, gerenciada por uma OS, denuncia que foram gastos, só para a construção de um jardim estilo japonês, cerca de R$ 20 mil, sem nenhum tipo de fiscalização.“Isso revoltou os funcionários”, diz.
Por falar em revolta dos funcionários, a terceirização como consequência da criação das OSs é fator preponderante para a diminuição dos encargos trabalhistas. Entre 2000 e 2007, os gastos proporcionais com as OSs cresceram 114,14%, saltando de 9,76% para 20,90% dos recursos da saúde. Já as verbas para “pessoal e encargos sociais” caíram, proporcionalmente, 26,08%, saindo do patamar em 2000 de 53,58% para 39,6% em 2007. Esse dados constam do Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (Sigeo), da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
O governo economiza custos e obtêm maior lucratividade. Roberto, entretanto, assinala que na AMA onde trabalha nunca observou a contratação de tantos funcionários, porém, todos terceirizados. Assim como chamou a atenção da reportagem o excesso de seguranças na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Foram observados cerca de 15 seguranças.
AssanhadoAlém de abrir as portas da bonança para as OSs e os planos de saúde, em dezembro de 2007, o governador ajuizou uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin), com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF), para derrubar a lei estadual que criou os Conselhos Gestores de Saúde no SUS.
“O destaque mais negativo [com a aprovação da nova lei] é o fato dela desarticular o pouco que conquistamos no Brasil. Em primeiro lugar, a saúde é direito e dever do Estado. Em segundo lugar, ela tem que ter o controle social”, defende Raul Marcelo.
*nome fictício

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Aprovado projeto em defesa da educação no futebol paulista

O plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na noite desta terça-feira, 1º de setembro, o projeto de lei do deputado estadual Raul Marcelo que obriga os clubes oficiais de futebol paulistas a garantir a matrícula e o acompanhamento escolar de todos os atletas menores de 18 anos. Todos os clubes de futebol que participam de competições organizadas pela Federação Paulista de Futebol (FPF) deverão participar desse esforço pela valorização da educação.
Após a sanção governamental, aqueles que descumprirem a lei serão punidos com multa estabelecida em 250 Ufesps (R$ 3.962,50 em valores atuais) por atleta e impedidos de participarem de torneios e competições oficiais. Os valores arrecadados serão destinados ao aprimoramento do ensino no estado de São Paulo, sob gestão da Secretaria de Educação.
A Federação Paulista será responsável por receber dos clubes os comprovantes de matrícula e frequência escolar e repassá-los à Secretaria de Estado da Educação e à Comissão de Educação da Alesp.
Raul Marcelo considera a aprovação do projeto “uma conquista que vai beneficiar o futuro de milhares de jovens que muitas vezes abandonam os estudos para se dedicar a contratos com clubes, na expectativa de serem beneficiados com contratos milionários como os noticiados todos os dias na mídia. Mas, infelizmente, esses contratos de milhões são exceção. E a maioria dos jovens acaba sem formação e sem emprego, expondo-se a situação de vulnerabilidade social”.
O texto do PL 238/2009 será remetido agora à sanção do governador do Estado, que tem 15 dias úteis a partir do recebimento do texto para sancionar ou vetar a lei.

Um grito contra a crise e a exclusão

Em sua 15ª edição, Grito dos Excluídos mostrará desaprovação dos trabalhadores com o atual modelo econômico
BRASIL DE FATO – Patrícia Benvenuti
A ordem é reivindicar, e não comemorar. Com esse mote, organizações populares, movimentos sociais e entidades ligadas à Igreja promovem a 15ª edição do Grito dos Excluídos, como contraponto às festividades oficiais da Semana da Pátria.
Neste ano, as atividades acontecerão em quase todos os estados, além do Distrito Federal, e a expectativa é de que mais de um milhão de pessoas participem. Em São Paulo, as ações ficarão concentradas no dia 7, a partir das 8 horas, com uma missa na Catedral da Sé. Na sequência haverá uma mística e falas iniciais e, em seguida, os manifestantes caminharão até o Monumento da Independência, no Parque Ipiranga, onde será realizado um ato público.
Sob o lema “Vida em primeiro lugar, a força da transformação está na organização popular”, o Grito se somará às mobilizações que têm denunciado o atual modelo econômico, responsável pela crise financeira, como explica Ari Alberti, integrante da Secretaria Nacional do Grito dos Excluídos: “O Grito questiona esse modelo econômico que está aí, que se sobrepõe à vida, e diz que, se quisermos mudanças, teremos que construir”.
A manifestação é caracterizada por suas pautas descentralizadas, de forma que cada região aborde suas próprias questões e particularidades. Alberti garante, porém, que alguns temas estarão no centro de todas as manifestações, como as denúncias recentes em torno do Senado. “Fica complicado ver a casa que faz as leis fazendo tantas falcatruas. Por isso, também o nosso lema, a força da transformação, está na organização popular”, ressalta.
Já Juvenal Rocha, integrante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), uma das organizações que participa da coordenação do evento, destaca a preservação do meio ambiente como uma das questões mais imediatas a serem trabalhadas. Para ele, a situação se agrava com a falta de políticas públicas que possam frear o avanço do desmatamento e do agronegócio. “O Grito mantém a população pelo menos informada de uma situação que pode diminuir a vida do planeta”, diz Rocha, lembrando que o combate ao trabalho escravo e o limite da propriedade rural também fazem parte das reivindicações.
O Grito ainda será um protesto contra a repressão aos movimentos sociais e a impunidade. Para Alberti, casos como a chacina que deixou sete moradores de rua mortos no centro de São Paulo em 2004 e a morte do sem-terra Elton Brum, no dia 21 de agosto, no Rio Grande do Sul, mostram a urgência de cobrar justiça e punição aos responsáveis pelos crimes. “Essa questão com certeza vai estar presente, assim como a falta de reforma agrária”, completa.
Saldo positivoDesdobramento da Segunda Semana Social Brasileira, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e por pastorais e movimentos, o Grito dos Excluídos surgiu em 1995 reivindicando soberania e uma verdadeira independência para o país.
Ao longo de seus 15 anos, o protesto ganhou importância e participação crescente por parte de diversas organizações. Além do Brasil, o Grito hoje está presente em cerca de 15 países latinoamericanos, que promovem o Grito dos Excluídos Continental em outubro.
O alcance do Grito, para Alberti, demonstra o êxito da iniciativa, cuja principal contribuição tem sido consolidar um espaço de manifestação popular durante a Semana da Pátria. “Antes, a gente só tinha a oficialidade. Agora se vê que tem gente se manifestando com outros gritos nessa data. Hoje a Semana da Pátria está mudada, deixou de ser a semana dos desfiles oficiais para ser a do povo na rua”, completa.
Outra contribuição, para Rocha, é de manter a articulação entre diferentes redes dispostas a promover um trabalho de cidadania. “O Grito responde a uma necessidade da sociedade brasileira de que não basta apenas celebrar a Independência, porque o país ainda carece de políticas para uma parte que passa fome, que não tem acesso à saúde e a uma educação que responde à realidade”, assegura.
Apesar de comemorar os avanços do Grito, Alberti ressalta que ainda há muito o que conquistar. Nesse sentido, ele assegura que o maior desafio é incorporar cada vez mais pessoas que estão à margem do sistema. “Estamos no rumo de os excluídos serem, de fato, sujeitos do Grito”.

Projeto proibe constrangimento no Iamspe

O deputado Raul Marcelo (PSOL) apresentou projeto de lei (PL 715/09) proibindo a exigência de apresentação de contracheque ou qualquer comprovante de rendimentos para fins de atendimento ou procedimento médico na rede de atendimento do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).
Pela proposta, para ser atendido bastará que o usuário apresente a carteira de inscrição no Instituto ou equivalente. Caberá ao poder público atualizar os dados funcionais e desconto das contribuições junto ao Instituto, o que deverá ser regulamentado num prazo de 60 dias. Tal atualização seria viabilizada pela Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), que processa informações funcionais de todos os servidores estaduais ativos e aposentados, e de seus dependentes.
Hoje muitos servidores têm sido obrigados a apresentar o holerite mais recente como prova do pagamento da contribuição mensal ao Iamspe. O mandato recebeu denúncias até de casos em que a clínica ou hospital arquiva cópia do contracheque. “Isso viola em demasia o direito à privacidade e ao sigilo fiscal do servidor, causando constrangimentos desnecessários, pela falta de um sistema de controle que atualize as informações dos contribuintes e as repasse ao Iamspe. Sistema que o Estado de São Paulo tem total condição de oferecer aos seus servidores”, ressalta o deputado.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Protestos no Vale do Ribeira

Cerca de 600 quilombolas, caiçaras, ribeirinhos e representantes de movimentos sociais, entre eles MOAB, MST, Ribeira Livre, MAB e Intersindical, realizaram na manhã desta sexta-feira uma manifestação no pedágio da multinacional OHL, na Rodovia Régis Bittencourt, altura de Cajati (Km 485).
A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas e reivindica o fim da exploração humana, cultural e ambiental no Vale do Ribeira, entre elas a possibilidade da construção da Usina Hidrelétrica de Tijuco Alto pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), com apoio do Governo Federal, no Rio Ribeira de Iguape. Os manifestantes também se posicionam contra o monopólio no serviço de transporte da Viação Intersul; a privatização da BR-116; o péssimo serviço da concessionária OHL; a poluição e exploração dos trabalhadores da Bunge em Cajati e a construção de um presídio em Registro.
Segundo nota dos organizadores, “todos estes empreendimentos buscam somente o lucro e deslocam muitos recursos do Vale do Ribeira, não contribuindo para o desenvolvimento de fato para a região. As grandes empresas, responsáveis pela atual crise econômica mundial, têm ameaçado e demitido milhares de trabalhadores na região e em todo o Brasil. Em outras palavras, o trabalhador assalariado está pagando pela crise do sistema capitalista e pela irresponsabilidade de seus investidores”.
Após a manifestação no pedágio, os participantes realizaram uma marcha pela BR-116

Deputado pede investigação da CPI da pedofilia na região de Sorocaba

Tendo em vista a prisão do secretário de Administração de Sorocaba, Januário Renna, flagrado com três menores em um motel em Itu na tarde do último sábado, o deputado estadual Raul Marcelo (PSOL), membro da Comissão de Direitos da Assembleia Legislativa, entrou em contato nesta segunda-feira com o senador Magno Malta, presidente da CPI da Pedofilia, solicitando que a região de Sorocaba seja incluída nas investigações.
Para o deputado Raul Marcelo, “é preciso descobrir quem são os aliciadores que intermediavam o contato das crianças com o secretário, como também saber se existem outros pedófilos na região que se envolveram com estas e outras crianças. Para deslindar estas questões será necessária uma profunda investigação e a CPI tem condições de fazer isto. Vamos nos esforçar para que nossa região entre na agenda da CPI, pois não podemos admitir a exploração sexual de crianças. A sociedade espera a punição de todos os envolvidos e proteção para as crianças”
O pedido foi encaminhado em caráter de urgência ao presidente da CPI.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

MST 25 anos de luta

O ato solene em homenagem aos 25 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra realizado neste dia 12 na Assembleia Legislativa mostrou a força deste que é um dos principais movimentos sociais brasileiros. O auditório Franco Montoro, com 260 lugares, foi pequeno para acomodar todos os participantes do evento. O hall externo ao plenário ficou o tempo todo lotado. Movimentos sociais, militantes de pastorais sociais e entidades sindicais de diversas regiões do Estado fizeram questão de participar da atividade promovida pela Frente Parlamentar pela Reforma Agrária, coordenada pelo deputado Raul Marcelo.
O auge do evento foi a declamação de poesias feitas por seu Luiz Beltrame, militante que já participou de dez marchas e, às vésperas de completar 101 anos, mostrou lucidez emocionante ao declamar poesias em defesa da reforma agrária.
O deputado Raul Marcelo fez questão de destacar que “o mais importante da ideia e do surgimento do MST é trazer dignidade ao povo brasileiro, em especial esses 20 milhões de brasileiros que estão na linha da miséria. Dizer que com um projeto coletivo é possível mudar não apenas as vidas individuais, mas também a coletiva, transformar o país. É por isso que a Veja, a Rede Globo e a burguesia nacional articulada com a burguesia internacional atacam tanto o Movimento Sem Terra. Porque despertar essa consciência no povo brasileiro é muito perigoso para os seus interesses”.
Raul Marcelo homenageou a militante Maria Cícera Neves, atropelada e morta por um caminhão no primeiro dia da marcha que partiu de Campinas em 6 de agosto para chegar à capital no último dia 10. O deputado também lembrou o projeto de lei 578/07, por meio do qual o governo Serra quer legalizar a grilagem no Pontal do Paranapanema, seguindo o que o governo Lula fez na Amazônia por meio da MP 458.

Tatuí completou 183 anos

No dia 11 de agosto nossa querida cidade completou 183 anos, infelizmente sem muito a comemorar, pois ainda temos numeros nada satisfatorio a população, como a falta de emprego, a falta de vagas nas creches e pré escolas, falta de segurança, pois nessa semana um jornal da cidade públicou o aumento de assaltos e homicidios , e o pior a falta de leitos em nosso único hospital, onde em uma cidade de mais de cem mil habitantes temos apenas noventa leitos e oito vagas na UTI, vamos aguardar se nos proximos aniversário temos algo a comemorar realmente.

Audiência pública para o público assistir

Em Tatuí aconteceu na camara dos vereadores da cidade uma audiência pública sobre a renovação do contrato da Sabesp, até ai tudo bem, pois a mesma foi divulgada nos meios de comunicação da cidade e atravez de carros de som.
O resultado foi casa lotada, pois dezenas de municipes e funcionarios da empresa tiveram presente no tal evento, e o mesmo começou por volta das 18:20 Horas, falou o presidente da camara, o engenheiro da Sabesp e seus acessores, o prefeito e todos os vereadores, todos sem tempo limite de falas, perguntas e respostas.
Por volta das 22:30 horas, deram a palavra as inscrições para falas e perguntas do povo, ou seja, quatro horas depois do inicio, onde o prefeito, o engenheiro chefe da Sabesp, e alguns vereadores já haviam se retirado, ou seja, o povo iria perguntar a quem????
Acho que nossas autoridades deveriam se organizar melhor para fazer tal audiencia, dando tempo limites em falas, perguntas e respostas para que a audiência tenha realmente a participação de todos, e se torne um processo realmente democratico.
Vamos aguardar a próxima.

Raul Marcelo cobra informações sobre falhas em obras de escolas

O deputado estadual Raul Marcelo, líder do PSOL na Assembleia Legislativa, protocolou nesta terça-feira (11) requerimento pedindo à Secretaria Estadual de Educação informações sobre as falhas verificadas em obras de reformas de diversas escolas do Estado. Informações sobre questionamentos do Tribunal de Contas do Estado à qualidade das obras foram publicadas pelo jornal “Folha de S. Paulo” no último dia 10.
O deputado questiona que medidas serão adotadas pela Secretaria para apurar as falhas e corrigir os erros nos processos de reforma. Também é questionado qual o valor pago a cada uma das empresas responsáveis pelas obras. O parlamentar pede ainda a relação nominal das empresas e o tipo de serviço prestado.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Em Agosto tem mais....

Termino aqui as postagens do més de Julho deixando um forte abraço as aniversáriantes Valéria, Cristiane e Luana, todas da familia Bastos, a vcs muita paz, saúde e felicidades, que todos seus sonhos possam se tornar realidade neste novo ano de suas vidas.

Protestos contra as estradas reginais em Guareí

Neste sábado a partir das 10:00 Horas haverá grande protesto na estrada que liga Guareí a Itapetininga, pois as más condições como falta de sinalizações, má conservação do acostamentos, e os inumeros buracos nas pista estão colocando em risco a vida da população que paga religiosamente seus impostos e trafegam por lá.
Este será apenas o primeiro, pois outro esta sendo agendado na estrada que liga Tatuí a rodovia Raposo Tavares, pois como nosso governador fala que São Paulo tem as melhores estradas do país, isto não deveria estar acontecendo, ou será que as melhores são somente as que os pedagios exploram os motoristas e as empresas que nelas trafegam.

Congresso Estadual do P-Sol

Estive nos dias 11 e 12 de Julho em São Paulo no segundo congesso estadual do P-Sol, Tatuí esteve representada por mim e pelo professor Djalma. Varios assuntos abordados onde conseguimos fazer nossas colocações e votar como a campanha fora senado, os trabalhadores não devem pagar pela crise dos patrões, as campanhas de fortalecimento dos núcleos do interior e a eleição para compor a presidencia e a diretoria executiva estadual.
Agora vamos aguardar o congresso nacional para o més de agosto, que também será em São Paulo.

MTST Conquista avanços na luta por moradia

Após quase uma semana de acampamento de centenas de pessoas em frente à residência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, dirigentes do MTST foram recebidos por representantes do Ministério das Cidades.
O Ministério das Cidades se comprometeu em negociar com as prefeituras de Sumaré e de Guarulhos para garantir o direito a moradia das famílias da ocupação Zumbi dos Palmares e a urbanização do assentamento Anita Garibaldi. O recurso a ser utilizado para essa urbanização é o recurso do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS).
O MTST afirmou, em nota publicada em seu site que “todos esses compromissos foram frutos das lutas de milhares de famílias sem teto que se juntaram ao MTST para se organizar

Hoje tem P-Sol na TV

Não perca, nesta quinta, dia 30 de julho, programa nacional de rádio e TV do Partido Socialismo e Liberdade. O programa será transmitido em rede nacional. No rádio das 20h às 20h10 e na TV das 20h30 às 20h40.
Em pauta: a crise econômica, a crise no Senado, a luta pelo funcionamento imediato da CPI da dívida pública, a jornada de lutas unificadas marcadas para agosto e a construção de uma alternativa de esquerda e socialista para as eleições de 2010.

Governador entrega casa sem água e luz a população

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), entregou hoje, com festa, 448 apartamentos em quatro conjuntos habitacionais de Guaianazes, extremo leste da Capital. Música popular, piadas futebolísticas e distribuição gratuita de lanches não acalmaram reclamações dos moradores sobre a falta de água e de energia elétricas em um dos conjuntos de prédios - justamente o visitado pelo governador. Nele, há 168 unidades, sendo que 43 já estavam ocupadas antes mesmo da entrega oficial das chaves. No apartamento visitado por Serra, havia luz, mas, no corredor do prédio, não.
Um homem tentou falar com Serra sobre a situação, mas foi afastado com um forte empurrão pelos seguranças do governador. "Nós ajudamos a construir esses prédios. É falta de respeito não nos ouvir", disse Raimundo, que pediu para não ter seu sobrenome revelado. Serra enfrentou protesto também ao deixar o terreno. Pelo menos dez moradores empunhavam cartazes e pediam atenção ao bairro gritando "faixa de pedestres". A comitiva do governador passou reto pelos manifestantes. "Tem uma escola sem faixa de pedestres para as crianças atravessarem a rua", contou o educador Isac Lopes, de 44 anos. "Quando vem autoridade aqui é que eles resolvem enfeitar o bairro."

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Merenda escolar de Tatuí continua uma vergonha

Já que a imprensa local não denuncia, venho eu aqui novamente falar sobre a merenda de Tatuí, pois segunda feira sai na hora do intervalo até o patio da escola, e não acreditei no que vi, pois os alunos estavam comendo arroz doce como prato principal da merenda.
Esse é o tratamento que nossos politicos locais dão aos filhos dos trabalhadores como recompensa aos votos por eles recebidos, será que os filhos ou netos desses politicos estudam em escolas públicas e comem essa merenda???? Com a resposta o povo de Tatuí.

Encontro regional do P-Sol em Tatuí

Agora esta tudo certo, será na camara municipal de Tatuí, domingo a partir das 10:00 Horas, e contará com a presença do Dep. estadual Raul Marcelo. O encontro servirá para fazer um balanço da luta na região, e também para apresentação das teses dos congressos estadual e nacional que acontecerá em julho e agosto, onde sairão nossos representantes que irão representar a região como delegados.

Deputado do P-Sol votou contra projeto que prejudica professores

Na noite desta terça-feira a Assembleia Legislativa aprovou os projetos de lei complementares enviados pelo Governo do Estado para retirar direitos de servidores (PLCs 19 e 20/2009).
O deputado estadual Raul Marcelo foi o primeiro orador a se pronunciar contra os projetos, na qualidade de líder da bancada. O deputado pediu o arquivamento das duas proposituras, mas como a maioria governista insistiu na votação, os deputados do PSOL manifestaram voto contrário aos dois projetos.
“Defendemos que os servidores públicos têm que ser contratados por concursos, assegurando todos os seus direitos, além dos deveres”, afirmou Raul Marcelo no plenário.
O deputado apresentou substitutivo ao PLC 20, propondo abrir 100 mil novas vagas para contratação de professores por concurso, jornada única de 40 horas, programa de formação continuada e piso salarial referenciado no salário mínimo do DIEESE.
A mobilização da Apeoesp, professores, professoras e as pressões exercidas pela bancada do PSOL garantirá a contratação de 80 mil professores por concurso, que substituirão os contratados em regime temporário.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A população de Tatuí quer saber....

Estive visitando recentemente os Bairros Jd Gonzaga e Jd Lirio, o primeiro está esperando a creche prometida em campanha pelo senhor prefeito e seus vereadores sem palavras, e o segundo bairro esta esperando a sonhada creche 24 horas prometida também em campanha pelos mesmos politicos...., pois é já se passaram nove meses das eleições e nada de promessas serem cumpridas..dai eu pergunto...até quando vamos acreditar em promessas de politicos representados pela burguesia da cidade.....acreditem se quiser...eles só não cumpriram suas promessas como nunca mais voltaram aos bairros conversar com a população..senhor prefeito e veradores...vcs estão fugindo do que ??? estão com medo de serem cobrados....pois serão mesmo com certeza.

Governo Lula e Congresso Nacional legalizam grilagem na Amazônia

O Senado aprovou na noite do dia 3 a medida provisória 458 – que regulariza 67 milhões de hectares de terras na Amazônia. A regularização legaliza terras griladas de até 1,5 mil hectares por ocupante. Como o texto aprovado pelos senadores não alterou em nada o que já havia sido votado na Câmara dos Deputados, a propositura agora vai a sanção presidencial.
A decisão do Congresso Nacional legitima uma política de privatização do patrimônio público nacional e colabora com a devastação que já vem sendo promovida por latifundiários e madeireiras na Amazônia. Em consequência, contribui com o agravamento do aquecimento global.
A aprovação da MP facilita ainda a expansão dessa política em todo o país, como no caso do Estado de São Paulo, onde o governo Serra pretende legalizar áreas griladas no Pontal do Paranapanema.
Repudiamos a aprovação da MP 458 pelo Congresso Nacional e sua sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E continuará articulando a luta contra a aprovação do PL 578 no Estado de São Paulo.

Encontro regional do P-Sol

Acontecerá em Tatuí, dia 28 de Junho o I encontro regional do P-sol, com presenças dos municipios de Cerquilho, Boituva, Cesário Lange, Conchas, Itapetininga, Ipero e Guareí, o evento ainda não tem local definido e acontecerá a partir da 10:00 Horas.

Demorei novamente

Novamente peço desculpas aos amigos que acompanham meu blog, pois demorei postar por pura falta de tempo, pois fiz um orçamento para pintar o interior de minha casa, e como o orçamento da mão de obra do pintor era maior que meu salário de professor da rede estadual, tive eu mesmo que botar a mão na massa..., ou melhor.....na tinta, por isso demorei a achar um tempo para postar...outra coisa..não pensem que o pintor que pediu muita grana para fazer o serviço..ele pediu um preço justo, é o salário do educador paulista que esta baixo mesmo.... .

domingo, 31 de maio de 2009

Em Junho tem mais

Quero deixar aqui um grande abraço aos amigos que tem lido e respondido ao blog, pois tenho recebido muito emails com comentários sobre os assuntos aqui tratados, ate junho e muita festa junina a todos.

Audiencia pública dos PCLs 19 e 20.

Acontecera nesta quarta feira dia 03 de junho na assembleia legislativa de São Paulo, e é importantissimo a presença do maior numero possivel de professores para tentar impedir mais esse golpe dos tucanos contra a educação pública de São Paulo.

1º encontro de professores do P-Sol

Ira realizar-se em Sorocaba no dia 06 de Junho o primeiro encontro de professores do P-Sol, o evento será no campus universitário da Uniso, na Av. Eugênio Salerno 100, as 8:30, e contará com a presença do professor José Luis Sanfelice da Unicamp, e do Deputado estadual Raul Marcelo.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Merenda escolar de Tatuí é uma vergonha

A merenda escolar de Tatuí hoje é tercerizada pela empresa nutriplus, aquela mesma que vem respondendo a inumeros procesos em grande parte dos municipios em que presta serviços, mas aqui em tatuí é diferente, ninguem presta atenção no que vem acontecendo, muito menos a promotoria pública, pois o cardapio é fraco, são servidos sopa de batata, mingau de fubá, salsicha de segunda qualidade e assim vai, verduras e legumes passamlonge do cardapio e sobremesa não existe nem uma fruta de época para os alunos...fica aqui a pergunta, será que os filhos e netos dos policos de Tatuí comeriam tal merenda, ele é boa pra quem..ao filho o trabalhador que paga seus impostos......Vamos trabalhar promotores públicos, pois vcs são muito bem remunerados para issso.

Heloisa Helena responde armação da rede globo

Tenho a minha CONSCIÊNCIA ABSOLUTAMENTE TRANQUILA pois TUDO que foi feito durante o meu HONRADO Mandato de Senadora está TOTALMENTE de acordo com a Legalidade Institucional vigente. NUNCA fiz nenhuma Ilegalidade ou Imoralidade na minha vida Pública ou Privada. Repito NUNCA!! NÃO faço parte de nenhum dos Bandos Políticos de Alagoas e Brasília que fazem orgias, políticas e sexuais, com dinheiro público roubado. NUNCA patrocinei passagens aéreas para Marginais que viajam para articular o Propinódromo da Roubalheira do Eixo Alagoas/Brasília."USEI as passagens TOTALMENTE de acordo com o que estabelecia a Legislação Vigente. Repito TOTALMENTE de acordo com a Legislação vigente! SE eu gostasse de safadeza política eu teria uma Aposentadoria Parlamentar de 8 mil reais, e abri mão sem pestanejar por não reconhecer legalidade no fato. NUNCA usei o Plano de Saúde de Ex-Senadora como tenho direito exatamente por não reconhecer legalidade no fato. E para encerrar, Desafio o Jornal que deu manchete com o meu nome a publicar como foram utilizadas TODAS as passagens de TODOS os Deputados Federais e SENADORES de Alagoas."