quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Deputado da base do governador Serra invade sub sede da apeoesp de Riberão Preto

No dia 30 de outubro de 2009, como já deve ser do conhecimento de todos, a subsede da APEOESP de Ribeirão Preto foi invadida pelo deputado Rafael Silva – PDT, que acompanhado se seus capangas em uma ação de truculência e autoritarismo, só comparada aos tempos da ditadura militar, agrediu física e moralmente conselheiros e funcionários que naquele momento se encontravam na subsede. Esta atitude foi justificada por ele pelo fato de a subsede ter distribuído para as escolas de Ribeirão Preto e região cartazes denunciando a posição dos dois deputados de Ribeirão Preto, referente à votação do PLC 29: o deputado Baleia Rossi – PMDB que votou a favor do projeto e o deputado Rafael Silva – PDT que não compareceu à sessão, se omitindo e, portanto, fugindo da responsabilidade e do compromisso assumido em sua campanha com seus eleitores, dentre eles muitos professores. Não satisfeito, o deputado continuou seus ataques ao sindicato e aos conselheiros em seu programa de radio e também em programas da televisão local , tentou ainda entrar em escolas para falar com professores. Essa atitude truculenta e desrespeitosa do deputado e um ataque não só ao sindicato mas a todos os professores por nós representados. Diante dos acontecimentos, solicitamos o apoio de todos os diretores, divulgando o fato aos professores em suas subsedes e que enviem para Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) moção de repúdio a atitude desse deputado, em nome das subsedes, com cópia para a subsede de Ribeirão; bem como solicitem aos professores que enviem e-mails e cartas ao próprio deputado condenando a sua atitude. Saudações Sindicais. Prof.Mauro Silva

Crônica de Ricardo Antunes - 2.010

Leia o artigo de Ricardo Antunes sobre as eleições presidenciais de 2010, publicado na seção ‘Tendências/Debates’ do jornal Folha de São Paulo. “A pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio poderá ser “vitoriosa” se quebrar o tom monocórdio das demais candidaturas, fizer a polêmica de fundo com Marina e esboçar uma alternativa socialista”, afirma.
RICARDO ANTUNES
O que se pode visualizar, hoje, em relação às eleições presidenciais de 2010? Comecemos pela candidatura Dilma Rousseff, do PT. Parida pelo lulismo, a mãe do PAC é uma candidata cinzenta. Capaz de aglutinar um leque de interesses econômicos poderosos, das finanças ao agronegócio, passando pela indústria pesada, Dilma é uma concorrente submersa no desconhecido.
Burocrata competente que tromba mais que articula, jamais participou de uma campanha. A capacidade que terá de herdar os votos de seu criador, ninguém sabe. Como também não se sabe se este tem capacidade de transferir seu cacife eleitoral à sua criatura. E foi encontrar no PMDB seu aliado preferencial, partido que há décadas vem chafurdando numa programática que é a mais pura pragmática.A candidatura Dilma ainda espera, à direita, o vagalhão que vem do PP de Maluf ao PTB de Collor, com a chancela de Sarney e outras siglas de aluguel. À esquerda, tem apoio certo do PC do B e espera os desdobramentos do PSB de Ciro Gomes.
Mas o espectro Lula viu florescer duas ramificações não programadas. De um lado, Ciro Gomes, baseado no Ceará e recém-bandeado para São Paulo, tempera um voluntarismo com as práticas das (novas?) oligarquias do Nordeste. É capaz de pinçar termos “gramscianos” para preservar a nossa “questão meridional”.
Poderá ser a alternativa de Lula no caso de um fracasso de Dilma, mas também poderá sair de cena para não confrontar o nosso semibonaparte cordato, que comanda pela simpatia, mas não gosta de muita ousadia.
Restará a opção São Paulo. Porém, a transferência de seu título eleitoral para uma cidade eleitoralmente provinciana e bastante conservadora pode ter sido seu mais grave erro político, maior ainda do que a andança que já fez entre tantos partidos.
A outra novidade é a provável candidatura de Marina Silva. Mulher batalhadora, exemplo emblemático dos que vêm “de baixo” e conseguem quebrar alguns grilhões, mas que não soube romper com o governo do PT quando devia. Foi conivente com a aprovação dos transgênicos e viu arranhada a sua trajetória ao ficar seis anos no governo Lula.
No PV, tem à sua esquerda o Peninha e à direita o Zequinha Sarney. Defende a sustentabilidade numa sociedade cada vez mais insustentável. Não quer ferir a ordem, mas amoldar-se a ela. Se vier a surpreender, não será fácil saber se encontrará ancoragem no seu berço original, o PT, ou se flertará com o PSDB. Mas, se até aqui o quadro parece pelo menos pontilhado, no tucanato tudo é sempre indefinido. O PSDB tem um leque de apoios materiais poderosos, tão amplo quanto os da candidatura do PT, mas com certa ênfase nos setores industriais e produtivos.
Tem também a possibilidade de lançar a sua chapa eleitoralmente mais forte dos últimos anos: Serra e Aécio, dois colégios eleitorais poderosos. Mas, como no PSDB só há príncipes, essa chapa não deverá vingar. Melhor para o país, que poderá assim se livrar do privatismo ilimitado do tucanato. Só como ilustração: enquanto Serra é o rei do pedágio privatizado em São Paulo, Aécio gesta a privatização até no cárcere mineiro.
Juntos, não será nada fácil, e os Correios, bancos e universidades públicas devem pôr suas barbas de molho. Só por isso, essa chapa é do encanto de parcela poderosa dos “de cima”, respaldada pelo caiado e fraquejado DEM, cuja sigla é um claro antípoda de sua longa história como PFL, Arena ou UDN.
Nas esquerdas, PSOL, PSTU e PCB não podem ter outra ambição senão fazer forte contraponto, sem nenhuma ilusão eleitoralista. Mas não será fácil. No PSOL, fala-se abertamente em apoio a Marina Silva, como forma de pingar votos e, com isso, “aumentar” a bancada parlamentar do partido. Há também os que defendem a candidatura de Heloísa Helena com raciocínio similar. É o velho PT incrustado no PSOL. Depois de seu melhor momento eleitoral em 2006, quando conseguiu mais de 6 milhões de votos -numa conjuntura marcada pela corrosão do PT e seu governo-, o que era novo corre o risco de envelhecer precocemente.
A pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio é, então, emblemática: poderá ser “vitoriosa” se quebrar o tom monocórdio das demais candidaturas, fizer a polêmica de fundo com Marina e esboçar uma alternativa socialista, gerando algum interesse real nos “de baixo”. Será, de fato, uma anticandidatura.
RICARDO LUIZ COLTRO ANTUNES, 56, é professor titular de sociologia do trabalho do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e autor, entre outros livros, de “Infoproletários: Degradação Real no Trabalho Virtual” (Boitempo), em co-autoria com Ruy Braga.

P-Sol de Campinas realizara seminario sobre a crise mundial

SEMINÁRIO: “Tsunami ou marola?Os efeitos da crise econômica no Brasil”
Após muito debate sobre a crise econômica mundial, que chegou a ser comparada com a “crise de 1929”, o governo Lula e a mídia empresarial têm passado a idéia de que o país voltou à normalidade. Mais do que isso: de que o impacto no Brasil foi pequeno devido à política econômica adotada.O que há de verdade e o que há de mito nesta avaliação? O que é essência e o que é aparência? Já passamos pelo pior ou atravessamos uma fase mais amena de um processo de longa duração? Como está sendo paga a conta da crise e por quem?Entendendo a necessidade de avançar no esclarecimento desses temas e de qualificarmos a intervenção da militância de esquerda e socialista, o PSOL Campinas, em parceria com a secretaria estadual de formação do PSOL está realizando o Seminário “Tsunami ou marola? Os efeitos da crise econômica no Brasil”.
QUANDO? Dia 28 de novembro (sábado)ONDE? No Sindicato Químicos Unificados (Av. Barão de Itapura, 2022)QUEM PODE PARTICIPAR? Militantes ou simpatizantes do PSOL, militantes de movimentos sociais com os quais o partido tenha relação. É aberto às demais cidades da região.
CRONOGRAMA:
9h – Abertura com apresentação da dinâmica do seminário.9h30min – Aula com a Professora Rosa Maria Marques – Economista, pós-doutorada na Faculte de Sciences Economiques da Université Pierre Mendes France de Grenoble. Professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Economia Política e integrante da Comissão de Orçamento e Finanças do Conselho Nacional de Saúde.12h – Almoço13h – Retomada de debate sobre exposição da manhã e trabalho com conceitos de economia.15h – Debatendo com a mídia – utilização de entrevistas com representantes do governo e matérias veiculadas em telejornais.
Obs: será fornecido certificado
Inscrições até o dia 25 de novembro.p.bufalo@uol.com.br – (19) 9775-3613denisesimeao@uol.com.br – (19) 9766-2557

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Musicos não podem mais ser fiscalizados pela OMB em São Paulo

Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Músicos e Compositores do Estado de São Paulo, o deputado Carlos Giannazi está anunciando a decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, representada pelo Acórdão publicado no dia 14 de outubro, que proíbe a Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) de fiscalizar os músicos bem como exigir a inscrição na entidade.
O desembargador Federal Carlos Muta argumenta que a sentença garante à categoria o direito de exercício da profissão, afastando-se as exigências de prova, inscrição na OMB e sujeição ao regime disciplinar específico.
A decisão da Justiça Federal, fruto de uma Ação Civil Pública do Ministério Público Federal, atende a uma antiga reivindicação dos músicos brasileiros que são assediados pela entidade, sendo obrigados a se filiarem a ela para poderem trabalhar.
“De agora em diante os músicos do estado de São Paulo não podem mais ser fiscalizados pela OMB e nem tampouco ter a obrigatoriedade da inscrição na mesma”, disse Giannazi em seu pronunciamento na Assembleia Legislativa de São Paulo.
O parlamentar ainda acrescentou que, se a decisão da Justiça Federal não for respeitada pela OMB, providências serão tomadas para que sejam efetuadas as medidas criminais cabíveis contra ela. As ações contra a sentença, impetradas pela Ordem, não foram aceitas e serão julgadas em outras instâncias da Justiça. Em suma, a entidade não conseguiu, através dos recursos, que a sentença fosse suspensa.
No início deste ano, Carlos Giannazi protocolou uma representação no Ministério Público Federal pedindo a suspensão de vários artigos da Lei 3857/60. O seu pedido foi aceito e o MPF entrou com uma ADPF no Supremo Tribunal Federal, acolhida pelo Ministro Carlos Ayres. Esta Ação pode ser julgada a qualquer momento pelo Supremo libertando definitivamente os músicos da OMB em todo o território nacional.
O Acórdão referente a apelação civil Nº 2005.61.15.001047-2/sp pode ser acessado no site www.trf3.jus/br

Hoje tem marcha no centro da Capital

A VI Marcha em homenagem ao Dia da Consciência Negra, que percorrerá neste 20 de novembro ruas do Centro da Capital paulista, será também o palco da homenagem a Oliveira Silveira. O poeta gaúcho falecido em 1º de janeiro deste ano foi o idealizador do dia em homenagem ao líder quilombola Zumbi dos Palmares.
A concentração para a marcha terá início às 10 horas, no Largo do Paissandu, em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. A marcha seguirá pela rua Xavier de Toledo e será encerrada em frente ao Teatro Municipal.
O Dia da Consciência Negra é a marca da luta contra o racismo e a opressão capitalista no Brasil. O deputado Raul Marcelo, autor da lei municipal que instituiu o feriado na cidade de Sorocaba, apresentou à Alesp o projeto de lei 1336/2007 – que torna o 20 de novembro feriado em todo o Estado.

Um olhar diz tudo!!!

Por Luiz Araujo
Aconteceu no dia de hoje em um cruzamento do meu bairro. Na esquina, distribuindo panfletos promocionais, um adolescente negro. Cruzando a esquina, um carro cheio de adolescentes vestidos para a prática de futebol, todos felizes com a proximidade de uma manhã esportiva.

O adolescente negro lançou um olhar para o carro que passava. Foi um misto de raiva e inveja. Seu olhar resumia de forma nua e crua as desigualdades sociais que vitimam a juventude brasileira.
Pelos dados do IBGE aquele adolescente bem que poderia se enquadrar em todas ou em algumas das situações abaixo:
A maioria dos jovens brasileiros pobres não consegue pelo menos oito anos completos de escolaridade, sendo que uma das causas é a prematura necessidade de trabalhar, seja ajudando a família, seja em empregos informais;
Apenas 50% dos jovens brasileiros estão no ensino médio, sendo que este índice cai para 29,6% se for muito pobre e sobe para 78,5% se for rico;
A maioria dos analfabetos brasileiros é muito pobre. São 19% dentre os muito pobres e 20% dentre os muito pobres negros. O analfabetismo caiu progressivamente quanto mais sobe a renda do cidadão;
A maioria de nossos adolescentes que conseguem terminar a oitava série do ensino fundamental (atual novo ano) não consegue ler e escrever corretamente, nem domina as quatro operações da matemática. Este índice é maior entre os pobres e negros, dificultando suas chances de sucesso na vida e alijando-os dos melhores empregos; e
A possibilidade de aquele adolescente negro ingressar na universidade é 2.7 vezes menor do que a chance dos adolescentes brancos que caminhavam para mais uma manhã de lazer.
Esta desigualdade tem conseqüências graves para o futuro de nossa juventude. Talvez o adolescente negro de hoje de manhã supere estas dificuldades, continue estudando (caso esteja ainda na escola), consiga uma vaga no ensino médio, consiga um emprego que lhe garanta sobreviver, constitua uma família e seus filhos cresçam tendo acesso a bens materiais e imateriais em maior e melhor quantidade que seus pais.
A Conferência Nacional de Educação, que será realizada em abril, precisa discutir as medidas necessárias para tornar nosso país menos desigual.
Fonte: Blog do Luiz Araujo

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Conferência da Apeoesp

Estarei a partir de amanhã dia 17 até dia 19 deste més na cidade de Serra Negra para a Conferência da Apeoesp ( Sindicato dos Professores), onde iremos aproveitar o espaço para debetes educacionais, voltado principalmente a novas leis do atual governo tucano em que muito ferem a honra e a dignidade do professor. Espero após estes dias trazer boas noticias e um calendário de lutas para o próximo ano que será com certeza de muitas lutas.

Desaba mais uma obra de Serra

Três pessoas ficaram feridas após vigas caírem no km 279 na Régis.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), admitiu na madrugada deste sábado (14) que houve falhas nas obras do Rodoanel, que provocaram um acidente no km 279 da Régis Bittencourt, deixando três pessoas feridas.
O acidente ocorreu por volta das 21h10 desta sexta-feira (13). Três vigas da obra do Trecho Sul do Rodoanel cederam e atingiram um caminhão e dois carros que passavam pela Régis. Ele não soube dizer como as três vigas caíram.
O governador sobrevoou o local e pousou à 0h05 acompanhado do secretário de Transportes, Mauro Arce. Paulo Vieira de Souza, diretor da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), responsável pela obra do Rodoanel, disse que houve uma ruptura de uma das vigas e ela caiu do apoio. Souza afirmou que cada viga pesa 85 toneladas. Segundo o Portal G1 da Globo.
O acidente de ontem é o segundo em grandes obras do governo de São Paulo desde 2007. No início de 2007, o desabamento da construção da estação Pinheiros do Metrô deixou sete mortos. Nos dois casos, a OAS, uma das principais empreiteiras do país, esteve envolvida.
A empresa baiana participa do consórcio que constrói a linha 4 do Metrô e também divide com Mendes Junior e Carioca -esta integrante do grupo responsável pela obra do Fura-Fila onde um viaduto desabou no ano passado- a construção do trecho do Rodoanel onde houve o acidente. O valor desse lote é de R$ 511,7 milhões. Segundo matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo de hoje.
Considerada a maior obra em curso no país, o Rodoanel vem causando polêmica, projetado para desafogar o caótico trânsito de São Paulo, a dois anos passou a ter a cobrança de pedágios em seus acessos, o que contraria o projeto inicial. Numa disputa na justiça já houve até liminar proibindo a cobrança de pedágio, mas concessionária recorreu e a justiça manteve a cobrança. A obra também é uma das principais peças de propaganda do Serra para a disputa de 2010, devido aos gastos fantásticos com a obra e a cobrança de pedágios recebeu o apelido popular de rouboanel.

Deputado organiza debate sobre projeto socialista

O deputado Raul Marcelo coordena no próximo dia 18 de novembro, a partir das 19 horas, o debate “Um projeto socialista para o Brasil”. A atividade discutirá qual deve ser o perfil e o programa a ser apresentado ao país em 2010 pelos partidos da esquerda socialista em aliança com os movimentos sociais combativos. O debate será realizado no auditório Franco Montoro da Assembleia Legislativa (Avenida Pedro Álvares Cabral, 201 – andar monumental – Ibirapuera).
Vão compor a mesa o pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, o dirigente nacional do MST Gilmar Mauro, a economista Rosa Maria Marques e o professor emérito da FFLCH/USP Francisco Oliveira. Todos os amigos do mandato e militantes do PSOL estão convidados.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mandato do Dep. Raul Marcelo pública cartilha em defesa da educação

Com o objetivo de contribuir com o debate sobre o projeto educacional em curso no Brasil e, principalmente, no Estado de São Paulo, o mandato do deputado estadual Raul Marcelo (PSOL) publicou a cartilha “Em defesa da educação”, que reúne artigos de militantes da educação.
Contribuiram na construção da cartilha José Luís Sanfelice, professor titular em História da Educação na UNICAMP/FE/DEFHE e pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação no Brasil – HISTEDB; Magda Souza de Jesus, professora de Língua Portuguesa da rede pública do Estado de São Paulo e Diretora Adjunta da Secretaria de Formação da APEOESP; Francisco Miraglia, professor titular do Instituto de Matemática e Estatística da USP, ex-presidente e vice-presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp-Ssind), diretor do Sindicato nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES-SN) e coordenador do Fórum das Seis; e Roberto Leher, professor da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Pesquisador do CNPq e Coordenador do Observatório Social da América Latina – Brasil do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais.
O material está sendo distribuídos em escolas, faculdades e conselhos ligados à educação no Estado

Ataques ao MST beneficia agronegócios

O deputado federal Ivan Valente (PSOL/SP) subiu à tribuna da Câmara nesta quarta-feira (21/10) para contestar o discurso dos ruralistas, do DEM e dos tucanos logo após a leitura do requerimento que cria a chamada CPI do MST. Para Ivan Valente, a CPI visa fortalecer o agronegócio, combater a Reforma Agrária e criminalizar o legítimo direito de organização dos trabalhadores rurais Sem Terra.
Leia a íntegra do pronunciamento:
“Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, a leitura dessa CPI, nesse momento, mostra que o poder de um setor econômico da sociedade, o agronegócio, associado a um outro da mídia brasileira conservadora, fazendo lavagem cerebral, direcionando reportagens, leva à recriação da CPI, porque já houve uma CPI Mista do MST aqui, há menos de 4 anos, que não investigou coisa alguma. Isso é uma vergonha e mostra o conservadorismo, a hegemonia do agronegócio.
Sr. Presidente, o que está acontecendo de verdade aqui é a criação de uma CPI, não só contra o MST, mas contra a reforma agrária no Brasil. Está se criando uma CPI aqui a favor do agronegócio, da monocultura e para criminalizar um movimento social no nosso País. A luta vai ser também criminalizada, assim como a reivindicação. É a lógica que existe neste momento, ou seja, criminalizar os movimentos sociais.
Tínhamos que investigar por que um setor que se volta só para a monocultura, para a exportação, para a reprimarização do País. Quero investigar as isenções milionárias, os incentivos à exportação, o adiamento e o cancelamento de dívidas do Banco do Brasil para uma setor que já é ultraprivilegiado no nosso País.
Por isso, Sr. Presidente, entendemos que atrás disso tem uma campanha midiática.
Inclusive a CNA produziu ou encomendou uma pesquisa ao Ibope que é uma vergonha em matéria de demonstração de produtividade inclusive do setor agrícola.
E eu queria dizer neste momento, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que não precisa ser lutador, aliado ou admirador do MST para dizer que ele tem razão. Tenho aqui em mãos o artigo do ex-Ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, que eu vou colocar nos Anais desta Casa, insuspeito, alguém do PSDB para dizer o seguinte, que o MST talvez seja o movimento mais conhecido de defesa dos pobres deste País.
Em segundo lugar, as terras que foram apresentadas na televisão da Cutrale são reivindicadas pelo Incra como terras griladas. E isso a imprensa não fala, que uma grande exportadora de laranjas ocupa terra grilada no nosso País. Isso é crime. Isso precisa sim ser criminalizado. Em terceiro lugar, que aquela demonstração, se há críticas há fazer, era um combate à monocultura, quer-se-ia mostrar que se pode plantar outras coisas também nesse processo.
Sr. Presidente, a verdade é que rigorosamente a pequena propriedade no nosso País, a agricultura familiar, como diz o próprio artigo do Bresser Pereira, é responsável por três quartos da mão-de-obra utilizada no campo, ocupando apenas um quarto das áreas cultiváveis. Essa é que é a relação.
Por isso, Sr. Presidente, entendemos que essa movimentação que se faz para recriarmos a CPI é, na verdade, a lógica da criminalização do movimento social e da luta. Peço aos Deputados e Senadores que assinaram isso, que assinem, sim, uma CPI para assinar os privilégios deste País, os ganhos milionários com juros e amortização da dívida pública. Está lá a CPI boicotada pela maioria dos Partidos.
Essa, sim, destina 282 bilhões de reais do ano passado para juros e amortizações. Isso ninguém quer investigar. Agora, uma entidade que usou 5 ou 10 milhões precisa ser investigada. Não é nada disso. Temos de investigar o que faz e a lógica do agronegócio, que, aliás, é a mesma lógica que se está analisando na Comissão Especial que analisa o Código Florestal em nosso País.
O que se quer ali é revogar toda a legislação ambiental, que vai do sistema de unidade de conservação, o código florestal, a lei de crimes ambientais, o sistema nacional de meio ambiente, tudo por pressão do agronegócio dominado por ruralistas, que chegam aqui eleitos. Cento e vinte, 130 Parlamentares formam uma bancada específica, tencionam o Congresso e o Governo. Aqui queremos dizer claramente: somos radicalmente contrários a este tipo de CPI, porque o que ela visa é criminalizar o movimento social e a defesa da propriedade, e não da vida.
O que se defende aqui é que a propriedade está acima da vida. É o nosso repúdio, Sr. Presidente.
Câmara dos Deputados, 21 de outubro de 2009.”

Feliz Aniversário

Dia 30 de outubro sopraram velinhas minha mãe Beth Amadei e Minha prima Luciane Amadei, abraço e votos de muita paz, saúde, harmonia e felicidades mil a essas duas mulheres que fazem parte do meu coração.