segunda-feira, 17 de agosto de 2009

MST 25 anos de luta

O ato solene em homenagem aos 25 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra realizado neste dia 12 na Assembleia Legislativa mostrou a força deste que é um dos principais movimentos sociais brasileiros. O auditório Franco Montoro, com 260 lugares, foi pequeno para acomodar todos os participantes do evento. O hall externo ao plenário ficou o tempo todo lotado. Movimentos sociais, militantes de pastorais sociais e entidades sindicais de diversas regiões do Estado fizeram questão de participar da atividade promovida pela Frente Parlamentar pela Reforma Agrária, coordenada pelo deputado Raul Marcelo.
O auge do evento foi a declamação de poesias feitas por seu Luiz Beltrame, militante que já participou de dez marchas e, às vésperas de completar 101 anos, mostrou lucidez emocionante ao declamar poesias em defesa da reforma agrária.
O deputado Raul Marcelo fez questão de destacar que “o mais importante da ideia e do surgimento do MST é trazer dignidade ao povo brasileiro, em especial esses 20 milhões de brasileiros que estão na linha da miséria. Dizer que com um projeto coletivo é possível mudar não apenas as vidas individuais, mas também a coletiva, transformar o país. É por isso que a Veja, a Rede Globo e a burguesia nacional articulada com a burguesia internacional atacam tanto o Movimento Sem Terra. Porque despertar essa consciência no povo brasileiro é muito perigoso para os seus interesses”.
Raul Marcelo homenageou a militante Maria Cícera Neves, atropelada e morta por um caminhão no primeiro dia da marcha que partiu de Campinas em 6 de agosto para chegar à capital no último dia 10. O deputado também lembrou o projeto de lei 578/07, por meio do qual o governo Serra quer legalizar a grilagem no Pontal do Paranapanema, seguindo o que o governo Lula fez na Amazônia por meio da MP 458.

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