sexta-feira, 6 de março de 2009

8 de Março, comemoração e luta

Em 1857 as operárias de Nova York se organizaram e deflagaram uma greve para reivindicar melhores condições de trabalho: aumento salarial, lugares apropriados para deixarem seus filhos enquanto trabalhavam, redução na jornada de trabalho de 16 para 08 horas, além de um ambiente menos agressivo à saúde. Esta greve foi brutalmente reprimida: sob ordens do dono da indústria, aproximadamente 130 mulheres foram trancadas no interior da fábrica e queimadas.Após 151 anos, a condição das mulheres trabalhadoras ainda é marcada por diversas opressões - jornada de trabalho dupla e até tripla, desigualdade salarial, precarização do trabalho e dificuldade quando busca aposentadoria. As tarefas realizadas pelas donas-de-casa não são valorizadas, não há reconhecimento de seu trabalho. Desse modo, não possuem nenhum direito trabalhista, dificultando imensamente a conquista da aposentadoria.Ouvimos muitas vezes as mulheres falarem ¨conquistamos nosso espaço¨, mas na realidade sabemos que isso não aconteceu. Ao contrário, as dificuldades e as disigualdades sociais em nossa sociedade aprofundam-se a cada dia - muitas vezes sem percebermos, pois a elite, através dos meios de comunicação, bombardeiam diariamente nossas casas com informações distorcidas para pensarmos que está tudo bem e que devemos aceitar e conviver com dificuldades. O salário da mulher é em média 40% menor que de um homem, exercendo a mesma função. As mulheres negras chegam a ganhar até 60% menos.Hoje, a falta de investimentos do poder público em vagas de emprego, saúde, creches, infra-estrutura nos bairros (esgoto, asfalto, iluminação pública, etc ). Pois essa situação é reflexo da administração local, do PSDB, que não atende as necessidades dos bairros onde residem as mulheres trabalhadoras.Por isso dia 08 de março foi um dia de resistência e luta, pois as mulheres não querem só flores, querem também seus direitos atendidos

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