terça-feira, 8 de junho de 2010

Deputado do P-SOL defende o fim do acordo Israel/Mercosul, em solidariedade ao povo Palestino.

Cerca de 300 pessoas participaram nesta sexta-feira (04/06) do ato realizado em São Paulo contra o ataque das forças militares de Israel contra a missão humanitária internacional conhecida como Frota da Liberdade, ocorrido no último dia 31 de maio. O ataque, que ocorreu em águas internacionais, foi desferido para impedir que a expedição, reunindo 750 ativistas de cerca de 60 países, em um comboio de seis embarcações, chegasse ao porto de Gaza, em território palestino sob controle militar israelense. A frota carregava dez mil toneladas de mantimentos, remédios e outros produtos essenciais destinados à população palestina de 1,5 milhão de pessoas que vive em condições subumanas na Faixa de Gaza. Não havia armas a bordo das embarcações; 19 pessoas morreram, vários foram feridos e ainda há ativistas desaparecidos.
Convocado pela Frente de Defesa do Povo Palestino, o ato se somou a manifestações que têm se multiplicado pelo mundo em repúdio a este crime brutal, que afronta as leis internacionais e os princípios mais elementares de humanidade.
“Este é o momento da comunidade internacional pressionar seus governos contra as atitudes de Israel. Em 2006, 1500 palestinos morreram nos ataques a Gaza. Agora, atiraram contra uma missão de ajuda humanitária internacional. Israel não consegue mais esconder seus crimes”, disse o palestino Hasan Zarif, do Movimento Palestina para Todos (MOPAT).
A expectativa é que o Brasil contribua internacionalmente na pressão por punições contra Israel.
“Esperamos que o governo brasileiro no mínimo congele as relações com Israel, e tenha uma atitude mais enérgica para forçar o país a acabar com o bloqueio em Gaza”, explica Mohamed Sami El kadri, presidente da Associação Islâmica de São Paulo. “As relações devem ser congeladas até que Israel sente à mesa para negociar a criação do Estado Palestino”, acrescenta.
Governos como o da Turquia e Grécia já retiraram seus embaixadores de Israel. Mas a avaliação do movimento é a de que as respostas dos governos diante das ações sionistas, apesar de marcadas por eventuais endurecimentos retóricos, não têm trazido nenhuma ação concreta capaz de produzir resultados efetivos. Por isso, o MOPAT pede que o governo brasileiro cancele a visita do presidente de Israel ao país, prevista para o mês de agosto, assim como o Tratado de Livro Comércio Israel-Mercosul.

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